Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Conrad Black inicia cumprimento de pena

A semana do ex-magnata de mídia Conrad Black não começou nada bem. Na segunda-feira (3/3), o lorde se apresentou à penitenciária na Flórida onde cumprirá a sentença de seis anos e meio por fraude e obstrução à justiça. Black, de 63 anos, também conhecido como Lorde Black de Crossharbour, e outros ex-executivos da Hollinger International são acusados de desviar US$ 6,1 bilhões da empresa através de uma série de pagamentos não-autorizados.


O magnata, que presidia a companhia, foi condenado em julho de 2007 em um julgamento que durou quatro meses; até a semana passada, entretanto, ficou em liberdade sob fiança. Neste período, Black deveria residir em Palm Beach, na Flórida, ou em Chicago, onde foi condenado e onde ficava a sede da Hollinger.


Nascido no Canadá, ele abriu mão da cidadania canadense para se tornar membro da Câmara dos Lordes do Reino Unido. Se isto se mantiver, será provavelmente deportado para o Reino Unido após cumprir a pena nos EUA.


‘Cleptocracia corporativa’


Auditores da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, sigla em inglês) chegaram a acusar Black de operar a cadeia de jornais como uma ‘cleptocracia corporativa’. A Hollinger, que já foi a terceira maior editora de jornais em língua inglesa do mundo, atualmente chama-se Sun-Times Media Group – e foi colocada à venda.


Em seu período áureo, na década de 90, Black chegou a controlar 59 dos 105 jornais canadenses, além do americano Chicago Sun-Times, do israelense Jerusalem Post e do britânico Daily Telegraph. O empresário jura ser inocente e tem confiança de que terá a sentença reduzida após a apelação. Informações de Scott Audette [Reuters, 3/3/08].