As redes de televisão dos EUA estão dando mais atenção aos problemas do continente africano. A CNN, por exemplo, enviou seu âncora Anderson Cooper para a República Democrática do Congo, onde a guerra e doenças mataram mais de quatro milhões de pessoas desde 1998. Os repórteres Sanjay Gupta e Jeff Koinange, também da CNN, estão em Darfur, no Sudão, onde a crise humanitária afeta milhões de pessoas. “Não conheço outra rede que nos deixaria cobrir duas crises humanitárias e nos daria espaço de três noites para isto”, diz Cooper.
Ann Curry, apresentadora do Today, da NBC, entrevistou Angelina Jolie na Namíbia em abril e anteriormente havia apresentado o programa diretamente de Darfur. Em maio, Brian Williams, âncora do Nightly News, também da NBC, viajou para a Nigéria, Gana e Mali, e conversou com o cantor Bono sobre seus esforços humanitários.
Lara Logan, da CBS, apresentou o Evening News de Darfur há alguns meses, e Scott Pelly prepara uma reportagem sobre a conturbada região para o 60 Minutes. Há algumas semanas, Martin Seamungal, da ABC, fez uma matéria sobre os esforços de se melhorar a expectativa de vida na Tanzânia para o World News Tonight.
Em 2005, as redes de TV americanas dedicaram menos de 0,5% dos seus noticiários a assuntos da África Subsaariana, de acordo com o analista independente de televisão Andrew Tyndall. O número aumentou este ano – para 0,9%, até o fim de agosto. Fazer reportagens na África “é desafiador e difícil, e eu desejo que nós façamos mais”, observa Rome Hartman, chefe de redação do Evening News. Informações de Peter Johnson [USA Today, 5/10/06].