Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Daniela Milanese

‘O site de comércio eletrônico Submarino comprou a Travelweb Viagens e Turismo por R$ 2,159 milhões. A aquisição foi anunciada ontem, por meio de fato relevante. ‘A operação tem como objetivo ampliar o segmento de atuação de vendas online da Submarino, passando a englobar vendas de pacotes de viagens e passagens aéreas’, diz o comunicado.


A transação foi feita por meio da subsidiária 8M Participação. Segundo a empresa, o valor da aquisição ainda pode sofrer ajustes em decorrência dos resultados da due dilligence. O Submarino Viagens deve ser lançado no começo do ano que vem. Atualmente, a empresa negocia tecnologia, conteúdo e contrato com fornecedores para o novo negócio. ‘À medida que desenvolvermos nossa estratégia para viagens online, buscaremos alavancar tecnologias de terceiros e promover o serviço principalmente para nossa base atual de clientes, a fim de minimizar desperdícios de caixa’, diz o comunicado da empresa.


Segundo o fato relevante, a Travelweb é uma agência de viagens com 37 funcionários que oferece passagens aéreas, estadia em hotéis, locação de automóveis e pacotes de viagem via internet. A empresa opera por meio da Rumbo (www.rumbo.com.br), sob um contrato de licenciamento de marca e uso de tecnologia – o site será mantido. A Rumbo pertence à Telefônica e à Amadeus (companhia de sistema global de distribuição de viagens).’



Renato Cruz


‘Skype busca parceria com operadoras do País ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 30/11/05


‘Com 3,8 milhões de usuários, o Brasil é o quarto principal mercado da Skype, empresa de telefonia via internet, depois dos Estados Unidos, da Alemanha e da Polônia. ‘Queremos dar tratamento local aos 15 principais mercados’, afirmou o gerente de Alianças para a América Latina da Skype, Carlos Pires e Albuquerque, na noite de segunda-feira, quando foi apresentado ao mercado. Ele tem como missão colocar de pé as operações latino-americanas da empresa, começando pelo Brasil.


A Skype não planeja obter licenças de telefonia fixa no País. Ela negocia acordos com operadoras que já tenham licenças, inclusive com as concessionárias, para poder oferecer aqui o SkypeIn, em que o cliente tem um número e pode receber chamadas. ‘O lançamento será, possivelmente, em dezembro’, disse Pires. ‘Vamos trabalhar com parceiros licenciados.’ As concessionárias são a Telefônica, a Telemar, a Brasil Telecom e a Embratel. O executivo preferiu não comentar com quais delas está falando.


Além do SkypeIn, os acordos com operadoras locais devem melhorar a qualidade das ligações, usando o serviço SkypeOut, para celulares no Brasil. ‘A experiência é ruim ainda’, reconheceu Pires. Ele acrescentou que o Mercado Livre, que tem o eBay, dono do Skype, como principal acionista, será um parceiro estratégico da empresa no Brasil.


No primeiro trimestre de 2006, a empresa planeja abrir seu escritório no Brasil e vender cartões pré-pagos em mais de 30 mil pontos-de-vendas em todo o País, incluindo bancas de revista. Além dos cartões, a Skype quer levar para o varejo um kit com o CD de instalação do software, um cartão de 30 minutos em crédito e fone de ouvido com microfone, como já oferece nos Estados Unidos. ‘No site, teremos várias opções de pagamento local, como cartão de crédito nacional e boleto bancário’, afirmou Pires.


O executivo começou a trabalhar como consultor da Skype em setembro do ano passado e, desde fevereiro, tornou-se o primeiro contratado da empresa na América Latina. Depois do Brasil, a Skype planeja lançar operações locais no México, Venezuela, Chile e Argentina. ‘O modelo brasileiro vai se aplicar muito a outros mercados da região’, explicou Pires. ‘Procuramos parceiros com presença regional forte.’ A empresa não atenderá diretamente ao mercado corporativo. Em todo o mundo, a Skype tem 70 milhões de usuários ativos. Foram feitos mais de 212 milhões de downloads de seu software.’



Ana Paula Ragazzi


‘UOL espera captar com oferta na Bolsa R$ 380 milhões ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 29/11/05


‘O portal de internet Universo On Line (UOL) estima que o preço de suas ações, em oferta pública de abertura de seu capital, fique entre R$ 13,50 e R$ 16,50, conforme comunicado ao mercado. Serão distribuídas 25.707.020 de ações preferenciais, sendo 15.424.212 em colocação primária e 10.282.808 em secundária. Pelos números anunciados, a empresa deverá captar entre R$ 347 milhões e R$ 420 milhões. Em reunião com corretoras na sexta-feira, o UOL informou que estimava a captação em R$ 380 milhões.


Os coordenadores da oferta, o Merrill Lynch e o Pactual, concederam garantia firme para a operação, o que significa que, se as ações não forem totalmente revendidas no período de colocação, as duas casas adquirirão os papéis restantes. A oferta prevê, ainda, um lote suplementar de 15% dos papéis inicialmente ofertados para atender a eventual excesso de demanda.


Sessenta por cento da oferta refere-se à colocação primária e 40% à secundária. Da operação secundária, 30% refere-se à participação da Portugal Telecom na companhia e outros 70% ao Grupo Folha. O valor de mercado da empresa foi calculado em R$ 1,8 bilhão, e a operação engloba 21% de seu capital. Todas as informações foram dadas aos profissionais que assistiram a apresentação que a companhia realizou na Bovespa.


O UOL lançará apenas ações preferenciais no nível 2 da Bovespa e haverá ‘tag along’ (garantia, ao acionista, de participação numa eventual venda lucrativa) de 100%. O período de reserva dos papéis para o varejo vai de 5 a 13 de dezembro.’



O Globo


‘Propriedade de ‘.com’ é questionada na Justiça’, copyright O Globo, 30/11/05


‘Um grupo de empresas que operam na internet entrou na Justiça dos Estados Unidos questionando um acordo sobre o controle do domínio ‘.com’. O World of Domain Name Developers Inc. entrou com um pedido, na Corte federal da Califórnia, para suspender um acordo que garante à empresa de certificação digital VeriSign Inc. a propriedade sobre os domínios ‘.com’ e ‘.net’ até 2012, com o argumento de que isso viola a legislação antitruste por permitir fixação de preços e monopólio.


O domínio ‘.com’ é usado por sites comerciais de todo o mundo, ou seja, é altamente lucrativo. Atualmente, há cerca de 35 milhões de sites ‘.com’. Cada um deles rende US$ 6 anuais à VeriSign.


Em outubro, a Corporação da Internet para Designação de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês) – subordinada ao Departamento de Comércio americano e responsável pela administração dos nomes de sites – fechou acordo com a VeriSign, prorrogando o controle dos dois domínios até 2012. Se não fosse por esse entendimento, o contrato da Icann com a VeriSign expiraria em 2007.


O advogado do World of Domain, Patrick Cathcart, disse que o acordo fixa os preços do registro de qualquer site com as terminações ‘.com’ ou ‘.net’ em patamares muito acima das taxas de mercado. Além disso, argumenta ele, permite que a VeriSign reajuste seus preços acima da inflação americana.


Icann e VeriSign não quiseram comentar a ação.’



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Adriana Mattos


‘Kaiser desiste e Schin passa a dominar o Carnaval em 2006 ‘, copyright Folha de S. Paulo, 30/11/05


‘Foi a Schincariol que conseguiu fechar o pacote de mídia para o Carnaval de 2006 com a Rede Globo, apurou a Folha. Há cerca de três semanas venceu o prazo que dava à concorrente Kaiser, a até então ‘dona’ do horário, o direito de renovação imediata do acordo com a TV carioca. Como estava havia dois anos à frente na lista de anunciantes interessados no pacote, o grupo Schin foi consultado pela direção da rede após a desistência da Kaiser. Pela primeira vez, será a cerveja das vinhetas e chamadas do Carnaval da Globo.


Com o acordo da Schin, a cervejaria AmBev, a maior do país, não poderá ter as suas marcas nos comerciais durante o intervalo dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. O grupo (com 68,6% das vendas de cerveja no país) é dono da Skol, da Antarctica e da Bohemia, mas foca as ações do Carnaval principalmente no nome Brahma. Durante a apresentação das escolas de samba no Rio e em São Paulo, os concorrentes da Schin não podem aparecer no vídeo.


Além disso, só poderá ser vendida a cerveja Nova Schin no sambódromo do Rio em 2006, após renovação de acordo da empresa com a Liga das Escolas do Rio. Últimos dados de outubro da consultoria ACNielsen mostram que o grupo Schin tem 12,8% do mercado de cervejas. O pico aconteceu em dezembro de 2003, quando a taxa atingiu 15,2%.


‘Com todas as ações no Carnaval, a meta é fortalecer mais a marca. Mostrar que ela tem musculatura para se manter competitiva no mercado’, diz Luiz Cláudio Taya de Araújo, diretor de marketing da Schin.


Até o momento, só era público que a RedeTV! e a Bandeirantes haviam renovado os acordos de transmissão do Carnaval tendo como principal patrocinadora a cervejaria da família Schincariol -alvo de uma ação da Polícia Federal e da Receita Federal neste ano, que investigavam a hipótese de crime fiscal na empresa. O Carnaval de Salvador, transmitido pela Band, e o desfile do ‘Galo da Madrugada’, no Recife, pertencem agora também à Schin. Parte do capital a ser investido nessas ações sairá do orçamento de mídia da empresa de 2005, que soma R$ 280 milhões.


Está aberta a possibilidade de que o novo slogan (‘De cabeça no verão’) que está sendo ‘testado’ discretamente pela Schin hoje -está nas ruas há cerca de quinze dias- seja utilizado no Carnaval. Mas não há certezas ainda se ele fica, diz o diretor de marketing.


Para a AmBev, haverá a possibilidade de a companhia renovar a parceria com a rede Record, apurou a Folha. A TV paulista mostrou os bastidores do Carnaval do Rio em um miniestúdio montado no camarote da Brahma em 2005.


A cervejaria informou ontem que ainda não definiu sua ação de marketing para o Carnaval. Na prática, para 2006, parte das atenções da companhia estão focadas na campanha de mídia da Copa do Mundo -duas cotas foram compradas na TV Globo pela empresa- e do Campeonato Brasileiro. A empresa utilizará uma cota para o anúncio de cerveja e outra cota será dividida entre refrigerante e cerveja.


Kaiser


Sem o patrocínio do Carnaval, a Kaiser decidiu tomar um outro rumo para as campanhas de exposição da marca no verão. ‘Esse pacote da Globo em fevereiro é interessante e não há dúvida disso’, diz Marcelo Toledo, diretor de marketing da Kaiser, empresa que passou a comprar as cotas do Carnaval da Globo após a desistência da Brahma, em 2001.


‘Mas optamos por um novo caminho: colocar nossas campanhas em comerciais de 30 segundos, que para nossa estratégia atual faz mais sentido. Isso porque venderá uma imagem de Kaiser dentro de um contexto, de uma história’, diz ele. ‘As vinhetas têm três, cinco segundos no máximo, e não dá para fazer isso.’


A Kaiser, controlada pela canadense Molson, tem sido alvo de rumores a respeito de sua venda para estrangeiros. A Molson já admitiu ‘avaliar o futuro de suas operações no Brasil e uma série de opções estratégicas para o futuro desses negócios’. Segundo especialistas do mercado, estão interessados na Kaiser a mexicana Femsa e a alemã Heineken.’



TV GLOBO


Rodrigo Morais


‘MP arquiva acusação de plágio contra Rede Globo’, copyright O Estado de S. Paulo, 30/11/05


‘O Ministério Público do Rio pediu o arquivamento do caso em que a escritora Leda Prado requer a abertura de um processo penal contra a Rede Globo por plágio. Leda afirma que a novela das oito, Belíssima, de Silvio de Abreu, teria sido inspirada em seu trabalho Uma Relação de Amor Quase Perfeita.


Leda garante que escreveu um argumento de dez páginas com elementos que constam da trama de Belíssima. O texto, segundo ela registrado na Biblioteca Nacional, teria inclusive personagens com os mesmos nomes que os da novela.


O Tribunal de Justiça informou que ainda não há processo nem denúncia, já que a promotora Lilian Moreira Pinho optou pelo arquivamento do caso. Um juiz da 23ª Vara Criminal decidirá sobre abertura de processo.


A promotora afirma que ‘não há como instaurar procedimento; não se trata de uma cópia de obra fechada, mas de argumentos, nomes e sugestões de locações’. Na base de dados do Serviço de Direitos Autorais, no site da Biblioteca Nacional, não aparece qualquer obra registrada em nome de Leda Prado.


A Globo classificou Leda como uma ‘aventureira’. O autor informou que não ia comentar o assunto.’



BANG BANG


Cristina Padiglione


‘Globo reduz capítulo da novela das 7 ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 30/11/05


‘A novela das 7 ainda não chega a ser às 8, como acontece com a novela das 9, mas a Globo não tem respeitado, na prática, o horário reservado a Bang Bang. Anteontem, os ponteiros esbarravam nas 19h20 quando o folhetim western-tupiniquim-spaghetti, seja lá o que aquilo queira dizer, entrou no ar. Às 7 da noite, Alma Gêmea ainda estava em cena – em tese, o SP-TV começaria às 18h50.


A dieta de Bang Bang é o recurso mais imediatista encontrado pela Globo para aplacar o efeito Prova de Amor, novela da Record que tem feito até 15 pontos no Ibope de São Paulo, graças ao mau desempenho de audiência de Bang Bang. A próxima produção do horário, Coração de Ouro, vem sendo acelerada para que Bang Bang saia de cena o quanto antes.


Do ponto de vista artístico, é uma pena. Prova de Amor é uma reciclagem de todas as receitas já avalizadas pela Globo em folhetins. Bang Bang, com todos os seus problemas, não deixa de ser uma produção inventiva. Do ponto de vista comercial, a regra é clara: Alma Gêmea tem rendido 38 pontos de média – daí sua extensão. E Bang Bang vai amargando 25, 26.’