Uma coalizão formada por algumas das maiores companhias de mídia e internet do mundo anunciou na quinta-feira (18/10) a criação de um documento com diretrizes sobre o uso de vídeos protegidos por direitos autorais em sítios que têm conteúdo produzido por internautas. Entre as empresas participantes estão Walt Disney, Viacom, CBS, NBC Universal, News Corporation, Microsoft, MySpace, Veoh Networks e Dailymotion. A ausência mais notada no movimento foi a do Google, dono do (popular e polêmico) sítio de compartilhamento de vídeos YouTube.
Entre as diretrizes, está a promessa de que as companhias de internet irão usar um software para filtrar e bloquear vídeos protegidos por direitos autorais e postados por internautas sem permissão. O incentivo para a coalizão foi a garantia, por parte das empresas de mídia, de que não serão abertos processos legais caso algum conteúdo protegido consiga escapulir dos esforços das páginas e ser divulgado sem autorização. Esta semana, o YouTube anunciou sua própria tecnologia para filtrar vídeos protegidos.
Internet com lei
‘O anúncio [da coalizão] marca um passo importante na transformação da internet, de ‘terra de ninguém’ a um meio popular que respeita a lei’, afirmou Jeff Zucker, presidente da NBC Universal, em declaração. ‘Ao reconhecer os benefícios mútuos do controle da pirataria, as companhias de tecnologia e conteúdo formaram uma base para o crescimento legal dos vídeos na rede’.
As diretrizes são voltadas especificamente para sítios que divulgam conteúdo postado por usuários, como é o caso do YouTube, e não para sistemas de busca ou mensagens de e-mail. Mas, ao contrário do sistema de filtragem do sítio do Google, que bloqueia o vídeo depois que ele foi postado, elas obrigam os sítios participantes a usar uma tecnologia que bloqueia clipes proibidos antes de sua divulgação. O texto integral das diretrizes, em inglês, está aqui. Informações de Gary Gentil [AP, 18/10/07].