Lamentável que o autor do artigo não conheça a Polícia Federal brasileira e, com certeza, as principais polícias federais do mundo. Se hoje, num mundo globalizado, o crime organizado impera, as polícias federais têm que compor seus quadros com as mais diversas especializações, os agentes federais não podem ser meros entregadores de intimação. A PF precisa, sim, de agentes bacharéis em computação, em direito, em contabilidade e nas mais diversas cadeiras acadêmicas. O autor questiona ‘Por que não buscaram a Justiça, se era tão evidente o direito, se o governo descumpre a lei?’.
Fica claro então que o procurador não sabe que os policiais vêm há anos lutando por seus direitos referentes à Lei 9.266. Os policiais sempre estiveram abertos às negociações. Se se chegou ao ponto de radicalização é porque o ministro da Justiça encerrou a negociação, oferecendo um aumento de 17% ou o corte de ponto. O ministro sabe que se realizar uma consulta jurídica no Executivo terá que determinar a mudança da tabela para nível superior. Aliás, como podemos ter um ministro da Justiça que sempre esteve defendendo o ‘outro lado’ na sua carreira como advogado?
Se os grevistas têm que receber salários de nível intermediário, por que já conseguiram judicialmente o direito a diárias de nível superior? Por que já têm um decisão de primeira instância determinando o pagamento? Por que têm parecer favorável do MOG e até mesmo da direção do Departamento de Polícia Federal (que demorou, mas admitiu administrativamente a alteração da tabela de vencimento)? O que o procurador prefere? Nivelar a Polícia Federal por baixo? Parece que sim, quem sabe uma solução para polícia de elite brasileira seja exigir apenas o primário ou o 1º grau para ingresso nos cargos de agentes, escrivães e papiloscopitas e um salário mínimo de remuneração. (…)
Jackson Kramer, executivo, Indiana, EUA
Greve ou quartelada? – Marco Aurélio Dutra Aydos
VIOLÊNCIA NA FLORESTA
Poucas vezes tive a oportunidade de ler uma matéria sobre questões indígenas que se aprofundasse tanto no assunto em espaço tão exíguo. Realmente, a superficialidade não apenas da imprensa, mas de toda a nossa sociedade contemporânea, estreita-nos a visão. Espero que sempre existam pessoas escrevendo desta forma no OI.
Fabio Mendes da Cunha, Alfenas, MG
Cintas-largas, garimpeiros e o Massacre do Paralelo 11 – Ulisses Capozzoli
MÍDIA ESPORTIVA
Particularmente, aprecio muito o programa Esporte Total, do Kajuru. Assisto à edição do meio-dia diariamente. O teor irreverente e a falação ‘sem papas-na língua’ do apresentador são atraentes. Grande vantagem, pelo menos no que diz respeito à competição pela audiência. Não creio que bater de frente com colegas seja uma atitude desprezível, mas, de fato, exige um grande domínio próprio. A meu ver, o apresentador age de maneira responsável, dado o teor do conteúdo de seu programa. Discordo do jornalista Antônio Carlos Teixeira quando afirma que Kajuru não deve se colocar como defensor da ética na profissão. Muito pelo contrário. Todos os jornalistas, estejam diante das câmeras ou não, devem se colocar como defensores da ética profissional.
Muita cautela é necessária para colocar-se nesta posição, o que exclui grande parte dos profissionais, mas há quem possa exercer a tarefa com fidedignidade. Jorge Kajuru é um deles, muito embora cometa alguns deslizes com julgamentos precipitados e palavras inadequadas em alguns momentos. Mas desculpar-se em público, como faz constantemente, é atitude laudável e ameniza suas falhas. Para mim, esse é o principal motivo pelo qual o apresentador é digno de defender a ética. Mas vale muito a crítica de Antônio Carlos. Importantíssimo alerta para Kajuru.
Felipe Blanco, estudante de Jornalismo, Salvador