O longa-metragem Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan (Borat: Ensinamentos culturais dos EUA para beneficiar a gloriosa nação do Cazaquistão, tradução livre), que retrata a travessia dos EUA feita pelo repórter de TV interpretado pelo comediante inglês Sacha Baron Cohen, surpreendeu críticos ao estrear como filme número um da bilheteria americana no final de semana passado. O filme teve bilheteria de US$ 26,4 milhões – mais que o dobro das previsões. Fora dos EUA, Borat já arrecadou US$ 17 milhões em 17 países, sendo número um também no Reino Unido e na Alemanha.
Borat só foi liberado em 837 cinemas nos EUA e no Canadá, em vez dos planejados 2.500, porque as pesquisas indicavam que o longa não tinha empolgado o grande público freqüentador de cinemas. A produção da Twentieth Century Fox era esperada para ficar apenas entre os cinco filmes mais vistos, principalmente atrás do esperado Meu Papai é Noel 3, que acabou com o segundo lugar nas bilheterias, com US$ 20 milhões. ‘O filme atinge a todos, tem humor pastelão, mas esconde uma inteligência real’, avalia Bruce Snyder, presidente de distribuição da Fox nos EUA.
Representação satírica
Na TV, o comediante já conseguiu irritar o governo do Cazaquistão, ao mostrar o país como uma terra de pobreza, prostituição e intolerância. Na telona, Cohen interpreta o repórter de TV realizando um documentário sobre os EUA para o público cazaque. O filme custou US$ 18 milhões para ser produzido. Em alguns trechos do longa, Borat corre nu em um hotel e tenta comprar uma arma apropriada para atirar em judeus. Detalhe: Cohen é judeu. Informações de Dean Goodman [Reuters, 5/11/06].