Representantes da indústria jornalística mundial, reunidos no 60º Congresso Mundial de Jornalistas e no 14º Fórum Mundial de Editores, na Cidade do Cabo, África do Sul, fizeram um apelo aos governos africanos pela necessidade de uma imprensa livre no continente, pela libertação de jornalistas presos e pela anulação de leis opressivas à mídia. Os dois eventos são realizados pela primeira vez na África.
‘Mesmo com numerosas oportunidades para o surgimento de uma imprensa livre, ela não existe em muitos países africanos. Assassinatos, prisões, tortura e censura são comuns em muitas nações’, expressou a declaração escrita pela Associação Mundial de Jornais (WAN) e o Fórum Mundial de Editores. O documento, que será apresentado às Nações Unidas e à União Africana, afirma que o continente sofre ainda com outras formas de censura, como as altas taxas de importação de equipamentos e os altos custos de impressão.
Segundo a declaração, 103 jornalistas em 26 países africanos foram ameaçados ou presos desde janeiro deste ano. De acordo com o presidente da WAN, Gavin O´Reilly, a situação política de muitos países africanos foi profundamente prejudicada por conta de violações da liberdade de imprensa. Informações de Mariette le Roux [AFP, 4/6/07].