Uma corte jordaniana despachou na semana passada ordens de prisão de três meses para cinco jornalistas dos principais diários do país – o ad-Dustour, o al-Arab al-Yawm e o al-Al Rai – por desacato à justiça e difamação. Os cinco, dois deles editores, permanecem livres sob fiança. Jornalistas da Jordânia alegam que a medida é um retrocesso em relação à relativa liberdade de imprensa no país, onde algumas publicações privadas tentam encorajar a discussão aberta de temas políticos. A mídia vem lutando, há anos, pelo fim das ordens de prisão por ofensa. ‘Vemos com preocupação estas sentenças que influenciam de maneira negativa a liberdade de imprensa’, opina Tareq al-Momani, presidente do sindicato que representa a o profissionais da mídia jordaniana.
Quatro jornalistas, do ad-Dustour e do al-Arab al-Yawn, escreveram artigos sobre uma emenda aprovada na lei de nacionalidade e foram acusados pelo Conselho Superior Judicial, mais importante órgão jurídico do país, de ofender a corte e o juiz. Outro jornalista, do al-Rai, recebeu a sentença por difamação depois de publicar na internet um comentário crítico a um funcionário do governo. Informações de Suleiman al-Khalidi [Reuters, 18/3/08].