Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Mais de 52 milhões assistem a discurso de Obama

Leia abaixo a seleção de sexta-feira para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


 


OBAMA
Folha de S. Paulo


52,4 milhões veem fala de presidente ao Congresso


‘Segundo a Nielsen Media Research, mais de 52 milhões pessoas assistiram nos Estados Unidos ao discurso de Barack Obama ao Congresso na noite de terça-feira, no qual ele pregou a necessidade de sacrifícios para recuperar a economia americana. A cifra corresponde a 49% daqueles que viam TV no momento da fala. Os espectadores superam os 49,5 milhões que acompanharam a primeira entrevista coletiva de Obama como presidente, no dia 9, e estão bem acima dos 39,8 milhões que assistiram ao primeiro discurso de George W. Bush ao Congresso, em 2001. O número de espectadores pode ser ainda maior, já que a conta não inclui quem viu o discurso pela internet.’


 


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Sobe ou desce


‘A Economist Inteligence Unit, consultoria do grupo ‘Economist’, postou que ‘o Brasil provavelmente vai encolher’ em 2009, ‘ainda que modestamente’. Já a ‘Newsweek’ traz artigo do chefe do Morgan Stanley para emergentes, avaliando que ‘a crise jogou a maioria dos países para trás, mas a vida ainda é uma praia no Brasil, graças a uma gestão inteligente’. E a Veja.com deu que o Banco Central, em reunião ‘com economistas’, ouviu projeções ‘relativamente otimistas’ de inflação, crescimento, emprego.


DOMINÓ EMERGENTE?


A ‘Economist’ dá na capa o risco de quebra na Europa Oriental, ‘que pode levar a União Europeia’. Em texto menor, intitulado ‘Teoria dominó’, especula para onde ‘pode se espalhar o contágio emergente’. Dá um quadro sem países menores como Ucrânia e Romênia, que encabeçariam a lista, e foca 17 ‘grandes emergentes’. O Brasil surge em sétimo, no critério de risco da revista, depois de África do Sul, Hungria, Polônia, Coreia do Sul, México e Paquistão. Mas em situação pior do que, entre outros, Turquia, Rússia, Argentina e Venezuela.


PRESSÃO LÁ


Ontem na home do ‘Financial Times’, a troca na direção do UBS, enquanto ‘cresce a pressão sobre a disputa em torno dos impostos nos EUA’. O governo americano quer acesso a outros clientes do país que recorreram ao banço suíço para fugir da receita.


ACORDO CÁ


Ontem no Radar On-line, ‘o UBS Pactual pagou R$ 200 mil à Comissão de Valores Mobiliários e livrou-se de um problema: o colegiado da CVM aceitou a proposta para que não seja aberto processo administrativo contra o banco’ por ‘indícios de infração’.


ETANOL, SOBE OU DESCE


O noticiário sobre açúcar e etanol de cana por aqui vai em direção oposta à cobertura de ‘Wall Street Journal’ e ‘Financial Times’. No primeiro, ‘Exportações de açúcar e etanol do Brasil devem crescer’, puxadas por demanda maior da Índia. No segundo, ‘o Barclays Capital avalia que ampla apreciação nos preços do petróleo em 2009 vai revigorar a demanda pelo etanol do Brasil’.


NOVO PLANO


A ‘Economist’ foi à ‘Amazônia brasileira’ saudar a aparente viabilização do plano de Mangabeira Unger para a região a começar do esforço de regularizar a propriedade de terra.


‘Z’


A ‘Time’, o americano ‘USA Today’ , o inglês ‘Telegraph’ e outros publicam resenhas de ‘The Lost City of Z’, em que David Grann relata seu esforço para desvendar o que houve com o coronel Percy Fawcett, que em 1925 desapareceu na Amazônia brasileira ‘em busca de um reino mítico: Z’. O melhor do livro, segundo as avaliações, está na memória das explorações de Fawcett. Mas a ‘Time’ sublinha que Grann achou outro arqueólogo perdido, que ‘vive com tribo no meio da floresta e sugere que Z pode ter sido mais do que imaginação’. A ampla atenção dada a ‘The Lost City of Z’ se deve ao fato de que o livro está sendo adaptado para o cinema, provavelmente com Brad Pitt como Fawcett.


FIM


Meio-dia e o executivo do ‘Rocky Mountain News’ avisa à redação que a edição de hoje seria a última do jornal de 150 anos de Denver, ‘vítima das mudanças na nossa indústria’.’


 


 


VIOLÊNCIA
Folha de S. Paulo


Fotógrafo de jornal carioca é morto a tiros em avenida do Rio


‘O fotógrafo André Alexandre Azevedo, 34, que trabalhava no jornal ‘O Dia’, do Rio de Janeiro, foi morto a tiros, às 19h de anteontem, quando trafegava pela avenida Brasil, na Penha (zona norte do Rio), voltando do trabalho para casa.


Azevedo trabalhava na sucursal do jornal em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Ele seguia para o Grajaú, na zona norte do Rio, sob chuva, com sua moto Honda Tornado. Ao ser baleado, perdeu o controle, atingiu a mureta da avenida e caiu na pista do sentido contrário, onde foi atropelado.


Azevedo morreu no local. A polícia tem três hipóteses: discussão de trânsito, vingança ou tentativa de roubo.’


 


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Governo proíbe novos canais de TV digital


‘O governo federal editou ontem norma que proíbe as redes comerciais e as emissoras públicas estaduais de emitirem multiprogramação em suas frequências digitais. Isso impede que um canal digital seja dividido em quatro, sem perda de qualidade dos sinais, uma das vantagens da nova tecnologia.


O ato, assinado pelo ministro Hélio Costa (Comunicações), atende a interesses das grandes redes privadas, que não querem a concorrência de novos canais. Mas prejudica grupos como o Abril, que pretendia transmitir os canais Fiz e Ideal, hoje só na TV paga, nas frequências abertas da MTV.


A norma 001/2009 também impede que a TV Cultura leve adiante projeto de uma universidade virtual paulista. O documento estabelece que ‘a multiprogramação somente poderá ser realizada nos canais […] consignados a órgãos e entidades integrantes dos poderes da União’. Ou seja, apenas TV Brasil, TV Senado, TV Câmara e TV Justiça poderão se dividir em quatro canais -a TV Senado, por exemplo, poderá transmitir simultaneamente sessões de comissões e do plenário.


Marcelo Bechara, consultor jurídico do Ministério das Comunicações, afirma que a norma visa impedir a locação de canais digitais para televendas e igrejas. ‘Tem gente que não é séria. Com a TV digital, iria transmitir a programação dela em um canal e alugar os outros três’, justifica.


SEM FORRÓ 1


Por ordem da Globo, a TV Diário, de Fortaleza, não é mais sintonizada em todo o país por parabólicas. A emissora cortou seu sinal aberto em satélite durante o Carnaval. Ela pertence à TV Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará, e transmite programação regional e policialesca. Chegou a ter uma retransmissora na Grande SP.


SEM FORRÓ 2


Em nota, a TV Globo esclarece que, ‘como cabeça-de-rede da Rede Globo, formada por 121 emissoras, procura harmonizar os sinais de VHF e UHF de forma a que estes fiquem circunscritos a seus territórios de cobertura’. Assim, a TV Diário não poderá mais ser captada ‘em território de outros afiliados’. ‘Seu sinal permanecerá no satélite, cobrindo o Ceará, porém codificado’, informa.


CASSADO


O ex-jogador Oscar Schmidt conseguiu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decisão, ainda provisória, que suspende a liminar que o obrigava a voltar a trabalhar na Globo, cumprindo contrato até 2011. Schmidt assinou com a Record, onde será comentarista e ‘embaixador olímpico’.


BACALHAU


Antes de apresentar, ao vivo, o último paredão de ‘BBB’, Pedro Bial imitou Chacrinha. ‘Vocês querem Bacalhau?’, perguntou às torcidas. E aspergiu lavanda na plateia.


BODE


Ainda no paredão de terça, a torcida do eliminado André teve de trocar suas camisas, pois elas traziam o logotipo de ‘BBB’, o que é vetado. A Globo forneceu camisetas brancas.’


 


 


Fernanda Ezabella


Marcelo Médici fala sobre humor e teatro


‘O comediante Marcelo Médici, em cartaz em SP com duas peças, teve uma babá negra que ele só descobriu ser travesti 16 anos depois e uma mãe que fazia de sua casa, no bairro paulistano do Pacaembu, um cassino clandestino repleto de personagens interessantes. O ator conta essas histórias da infância no programa intimista de entrevistas de Antônio Abujamra, ‘Provocações’, que a TV Cultura exibe hoje.


Ele também fala de sua relação com o público. ‘Se a plateia não está muito boa, eu não vou mentir para você […] eu fico meio puto também […] aí eu vou mais rápido, não deixo rir numa coisa que eles acham engraçado […] fico um pouco numa briga assim’, conta, rindo.


Num clima de conversa informal, Abujamra pergunta sobre o que o Médici está lendo, os autores que descobriu, os que está para descobrir e as coisas que se arrepende de ter feito na vida, ou não. ‘Já fiz tanta peça ruim que eu adorava fazer’, diz. ‘[Mas] não me arrependo de nada, não.’ Médici escreveu e estrela a comédia ‘Cada um com seus Pobrema’, feita no limite do cheque especial e hoje uma das peças em cartaz de maior sucesso, com ingressos esgotados até abril.


Ele também está em ‘O Mistério de Irma Vap’, com direção de Marília Pêra.


PROVOCAÇÕES – COM MARCELO MÉDICI


Quando: hoje, às 22h10


Onde: Cultura


Classificação: livre’


 


 


Folha de S. Paulo


Comediante de ‘Seinfeld’ retorna à TV


‘Depois de 11 anos afastado da TV norte-americana, o comediante Jerry Seinfeld, um dos criadores da série ‘Seinfeld’, uma das mais bem-sucedidas no país, voltará em um novo projeto para a rede NBC. De acordo com a versão on-line da ‘Variety’, Seinfeld prepara um novo reality show, intitulado ‘The Marriage Ref’, em que interpretará o papel de um conselheiro matrimonial.’


 


 


SARNEY
Mônica Bergamo


Em dólar


‘Custou caro para José Sarney (PMDB-AP) a carta que a revista ‘The Economist’ publicou com as respostas dele à acusação de que sua eleição para a presidência do Senado era uma ‘vitória do semifeudalismo’. Sarney teve que desembolsar US$ 3.500, ou R$ 8.050, para remunerar o advogado inglês que contratou para negociar a publicação da réplica na seção de cartas da revista.


EXEMPLO


Ainda assim, Sarney acha que a ‘Economist’ é um exemplo a ser seguido por veículos brasileiros, já que a carta foi publicada rapidamente.’


 


 


CORTE
Mônica Bergamo


Mudo


‘A Empresa Brasil de Comunicação em Brasília ficou sem telefone. O corte afetou a TV Brasil, a Rádio Nacional e a Agência Brasil. A EBC diz que não pagou a conta de janeiro por causa de ‘valor indevido na cobrança’.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


 


INGRID BETANCOURT
Frank Bajak, Associated Press


Em livro, ex-reféns acusam Ingrid de ‘roubar comida’


‘Três americanos que por cinco anos foram reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão causando polêmica com um livro que faz críticas à ex-colega de cativeiro Ingrid Betancourt. Em Out of Captivity (Livre do Cativeiro, em tradução livre) os americanos se alternam em relatos sobre os 1.967 dias nos quais estiveram em poder da guerrilha, descrevendo o tédio da selva e as marchas forçadas. Mas os relatos que mais causaram mal-estar dizem respeito a Ingrid, ex-senadora e ex-candidata presidencial colombiana, sequestrada um ano antes.


Segundo o americano Keith Stansell, Ingrid era arrogante e egocêntrica, roubava comida e escondia livros, além de ter, em certa ocasião, colocado suas vidas em risco dizendo aos rebeldes que eles eram agentes da agência de inteligência americana (CIA).


‘Eu a observei tentar assumir o controle do cativeiro com uma arrogância descontrolada’, disse Stansell, um ex-marine que, quando foi sequestrado, era empregado da Northrop Grumman, subcontratada pelos EUA para prestar serviços na Colômbia. ‘Alguns guardas nos tratavam melhor do que ela.’ Ingrid não respondeu aos pedidos da Associated Press para comentar o assunto.


Stansell, de 44 anos, foi libertado em julho numa operação militar do governo colombiano juntamente com Ingrid, seus colegas americanos, Thomas Howes e Marc Gonsalves, e mais 11 colombianos. Em entrevistas, Howes e Gonsalves mostraram guardar menos rancor em relação à ex-senadora colombiana.


‘É incomum um ex-refém criticar publicamente alguém com quem compartilhou uma experiência tão intensa e tão traumática’, diz o psiquiatra britânico Keron Fletcher, especialista em sequestros, referindo-se a Stansell. ‘Em geral, os reféns tendem a ficar em silêncio sobre os problemas que tiveram entre si e fazem o máximo para se apoiar mutuamente.’


Na selva, os cativos competiam por espaço para dormir, pelas magras rações de comida e pelo único dicionário espanhol-inglês do cativeiro. ‘Ingrid é uma mulher dura’, disse Gonsalves, de 36 anos, que, segundo o livro, foi o que mais se aproximou da colombiana. ‘Ela costumava jogar duro com os guerrilheiros.Eu nunca a vi se queixar ou chorar por ficar acorrentada o dia inteiro após uma tentativa de fuga.’’


 


 


LIBERDADE
Cláudia Trevisan


China contesta crítica dos EUA


‘A China acusou ontem os EUA de interferir em seus assuntos internos ao divulgar documento crítico à situação dos direitos humanos no país asiático e afirmou que os americanos devem olhar sua própria atuação nesse terreno.


‘Os EUA devem examinar seus próprios problemas relativos ao tema, parar de se autodeclarar guardião dos direitos humanos e deixar de interferir em outros países’, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, em resposta ao relatório do Departamento de Estado americano com críticas à situação dos direitos humanos na China e em outros países, incluindo o Brasil.


O documento foi divulgado quarta-feira, três dias depois de a secretária de Estado, Hillary Clinton, encerrar viagem à China na qual a questão dos direitos humanos esteve ausente de suas declarações públicas. O assunto foi tratado de maneira privada no encontro que a secretária teve com o ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi.


Antes de chegar a Pequim, Hillary declarou que as divergências em relação aos direitos humanos não poderiam atrapalhar a cooperação entre os dois países em áreas nas quais pode existir consenso, como crise econômica mundial e aquecimento global.


A secretária foi de franqueza pouco comum em diplomatas ao falar da dinâmica das relações entre EUA e China nessa área: ‘Sabemos que vamos pressioná-los a reconsiderar sua posição em relação à liberdade religiosa e cultural no Tibete, à autonomia dos tibetanos e alguma forma de reconhecimento do dalai-lama. E sabemos o que eles vão dizer, porque eu tenho conversado por mais de uma década com os líderes chineses. E nós sabemos o que eles vão dizer sobre Taiwan e à venda de armas (dos EUA) e eles sabem o que vamos dizer.’


O relatório do Departamento de Estado afirma que a situação dos direitos humanos na China continua ‘pobre’ e piorou em algumas áreas, entre as quais o tratamento dado às minorias étnicas e a liberdade de imprensa e de manifestação.


‘O histórico de direitos humanos do governo em áreas da China habitadas por tibetanos deteriorou-se de maneira grave durante o ano’, afirmou o Departamento de Estado, que divulga a avaliação anualmente.


O documento sustenta que tibetanos foram submetidos a torturas, prisões arbitrárias e repressão de direitos fundamentais nos últimos 12 meses.


A agência oficial de notícias Nova China, afirmou que o relatório distorce fatos e despreza avanços nessa área. ‘O relatório ignorou esforços e avanços históricos que a China obteve na área dos direitos humanos, amplamente reconhecidos pela comunidade internacional.’’


 


 


TELEVISÃO
Keila Jimenez


‘Are baba’ o quê?


‘Baldi, are baba, atchá, tchalô,riquixá… As expressões indianas cada vez mais comuns nos diálogos de Caminho das Índias, da Globo, irão ao ar agora só com tradução. Pesquisa recente realizada pela emissora teria mostrado que tais expressões, nem sempre seguidas de explicação no folhetim, enfrentam rejeição do público, que não as entende.


Baldi, por exemplo, que quer dizer ‘pai’ em indiano, é entendido pelo público como se fosse o nome do personagem de Tony Ramos (Opash), que é chamado a todo momento de baldi pelo seus filhos na trama.


Já a expressão firanghi estrangeira não enfrenta o mesmo problema. Caiu na boca do povo, provavelmente porque a palavra indiana já vem seguida de seu significado.


Já prevendo a confusão, a própria autora da novela, Glória Perez, tratou de colocar um glossário indiano em seu blog. Mesmo assim, a ordem na emissora seria inserir os termos indianos em Caminhos, sempre com tradução na sequência.


Segundo a assessoria de imprensa da Globo, os termos indianos já vêm sendo todos traduzidos, mas isso nada teria a ver com rejeição de público, o que, na versão da Globo, não existe.’


 


 


 


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