O Pentágono anunciou, na terça-feira (27/5), que organizações de mídia seriam convidadas a cobrir a leitura das acusações a cinco homens suspeitos de conspiração dos ataques de 11 de setembro de 2001. Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, afirmou que entre ‘quatro ou cinco dúzias’ de jornalistas e assistentes de mídia de organizações dos EUA e internacionais terão acesso à base na Baía de Guantánamo, em Cuba, em 5/6.
A sessão deve marcar a primeira aparição pública de Khalid Sheikh Mohammed, tido como o principal organizador dos atentados com aviões em Nova York e Washington. Ele foi capturado no Paquistão em março de 2003. Assim como Mohammed, outros quatro suspeitos de participação no plano que deixou mais de três mortos nos EUA são acusados de assassinato, terrorismo e outros crimes de guerra. Acusações contra um sexto homem, Mohammed al-Qahtani, tido como o ’20º seqüestrador’, foram retiradas em abril.
Som cortado
Segundo Whitman, os convites seriam enviados esta semana. ‘É nossa responsabilidade no Departamento de Defesa garantir que haja mídia suficiente presente para cobrir os procedimentos e torná-los o mais transparente possível’, afirmou, ressaltando que seria impossível abrir o espaço para ‘todo mundo’. ‘Há questões logísticas para se chegar a Guantánamo’.
Apenas alguns jornalistas poderão entrar na sala de audiência, e ficarão confinados em uma cabine de vidro onde, sob ordem do juiz, poderão ter o som cortado. Os outros membros da mídia ficarão em uma sala separada, onde poderão assistir à leitura por uma televisão. Anotações são permitidas, mas gravações de áudio e imagens da audiência são proibidas. Informações da AFP [27/5/08].