Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Negociador é preso após libertação de reféns

Em uma reviravolta no caso da equipe de TV seqüestrada nas Filipinas na semana passada, a principal pessoa a negociar com os captores a soltura dos reféns foi presa na quarta-feira (18/6). Alvarez Isnaji, prefeito da cidade de Indanan, e seu filho, Haider Isnaji, foram acusados de serem os mandantes do seqüestro.


A jornalista Ces Drillon, os cinegrafistas Jimmy Encarnacion e Angelo Valderama e o professor universitário Octavio Dinampo foram levados de Indanan, na ilha de Jolo, em 8/6, e libertados esta semana (17/6). O professor servia de guia para a equipe. Inicialmente, a polícia afirmou que os seqüestradores faziam parte do grupo militante islâmico Abu Sayyaf, ligado à al-Qaeda. Segundo o chefe de polícia Avelino Razon, entretanto, depoimentos dos seqüestrados sugerem o envolvimento de Isnaji no crime. Ele não entrou em detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos.


Resgate


O prefeito alegava ter negociado, com sucesso, a libertação dos reféns. Ainda que fontes do governo afirmem que não houve pagamento de resgate, pessoas próximas às negociações alegam que houve envolvimento de dinheiro – valor estimado em US$ 406 mil. Isnaji diz que pagou uma quantia bem menor apenas pelos ‘gastos’ com os reféns – eufemismo local para resgate –, mas não disse quem forneceu o dinheiro. Logo depois deste primeiro pagamento, no fim da semana passada, um dos cinegrafistas foi libertado.


Segundo Razon, também foi preso Mameng Bitaw, que guiava a equipe de TV para uma entrevista com um líder militantes em Jolo. Bitaw desapareceu no meio do caminho, e logo depois os jornalistas caíram nas mãos dos seqüestradores. Dinampo, o outro guia, não está sob investigação. Informações da AFP [19/6/08].