Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Nova ombudsman no pedaço

Deborah Howell assumiu, na semana passada, o cargo de ombudsman do Washington Post, no lugar de Michael Getler, que representava os leitores do jornal desde 2000. Em sua primeira coluna, no domingo (23/10), ela explica aos leitores quem é e o que espera fazer no Post. Seus dois primeiros objetivos são promover o bom jornalismo e aumentar a relação entre o diário de Washington e seus leitores.


Deborah também expôs as razões que a fizeram deixar o trabalho de chefe da sucursal de Washington da Newhouse News Service para assumir o novo posto. Em primeiro lugar, ela acredita que pode usar sua experiência profissional para lidar com muitos assuntos delicados enfrentados pelos jornais. Além disto, ela afirma se importar com os leitores. Leitora de pelo menos três jornais por dia, ela começou a ler jornais quando criança e gostaria que existissem mais leitores jovens atualmente.


Engana-se quem pensa que Deborah aceitou trabalhar no Post por considerá-lo perfeito. Embora reconheça que o jornal invista em fornecer uma aprofundada cobertura local, nacional e internacional e apóie um ombudsman independente, ela acredita que um veículo de imprensa deve melhorar a cada dia. ‘Minha missão é encorajar melhorias e lidar com as necessidades dos leitores. Eu quero criar um diálogo deles com a redação do Post. Não posso prometer resolver cada queixa do leitor, mas prometo tratar na minha coluna semanal daquelas que eu considere mais freqüentes ou importantes’, explicou.


A nova ombudsman também agradeceu a Getler e pediu aos leitores que ajudem a diminuir o hiato entre eles e os jornalistas – ligando, mandando e-mails e informando-a do que não gostam e do que gostam.


‘Os leitores do Post, ao terminarem de ler o jornal, devem se sentir mais informados do que antes. Os jornalistas devem pensar nos leitores como amigos. Porque, se não estamos trabalhando para informar e ajudar os leitores, não estamos fazendo o nosso trabalho’, conclui ela.


Paixão por jornais


A paixão de Deborah pelo jornalismo vem de longa data. Seu pai era repórter e conheceu sua mãe em uma redação no Texas, quando ela preparava o jornal da escola. Deborah escreveu para o jornal de sua escola e para o jornal da Universidade do Texas, onde se formou em jornalismo. Estagiou no Austin American-Statesman e trabalhou na rádio e televisão da cidade de Corpus Christi até conseguir um emprego no jornal Caller-Times, em 1962. Em 1965, foi para o Minneapolis Star. Depois, para o St.Paul Pioneer Press. Em 1990, assumiu o cargo de chefe da sucursal de Washington da Newhouse News Service.