Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

NYT restringe acesso a e-mail de colunistas

Em setembro do ano passado, o New York Times restringiu o acesso dos internautas a parte de seu conteúdo online. A partir daquele momento, para ler artigos opinativos dos prestigiados colunistas do jornal era preciso pagar. O programa para assinantes, chamado de TimesSelect, conta com mais um benefício (só) para eles. Segundo artigo de Joe Strupp para a Editor & Publisher [17/1/06], só é possível ter acesso ao e-mail dos colunistas através de pagamento.

Se a internet aproximou os jornalistas e escritores em geral de seus leitores, agora o Times faz o caminho inverso. Para se comunicar com Paul Krugman, Maureen Dowd e David Brooks, entre outros, é preciso assinar o TimesSelect. O jornal havia pedido, ainda em setembro, que as centenas de jornais que publicam os artigos dos colunistas pelo serviço de notícias fornecido por ele parassem de publicá-los e retirassem de suas páginas os endereços de e-mail dos respectivos autores.

Endereços inválidos

Parece que nem todo mundo entendeu o recado, e o Times enviou, há duas semanas, mais um aviso para os jornais que assinam o serviço de notícias. ‘Se você não é um assinante do TimesSelect, você não terá acesso ao e-mail [dos colunistas]’, confirmou, na semana passada, o porta-voz do jornal, Toby Usnik.

Os assinantes que quiserem enviar mensagens para os escritores não encontram endereços de e-mail que podem ser copiados e enviados de qualquer programa; eles devem enviá-las através de um formulário – destes encontrados em diversos sítios comerciais. Os endereços de e-mail que existiam previamente não são mais válidos.

‘Eu acho que é uma péssima idéia’, opina Keith Runyon, editor de opinião do The Louisville Courier-Journal, que publica todos os colunistas do Times. ‘Nosso objetivo é dar aos leitores o máximo de informação possível’.

O Times tem relutado em divulgar os dados mais recentes sobre os assinantes do TimesSelect. Há mais de um mês, o jornalão havia anunciado que mais de 330 mil pessoas haviam assinado o programa. Segundo Strupp, acredita-se que mais da metade deste número seja de assinantes da versão impressa que recebem o acesso online como complemento de sua assinatura original.