Uma corte da União Européia rejeitou o processo aberto pelo jornalista alemão Hans-Martin Tillack contra a Comissão Européia por danos a sua reputação. Tillack alega que teve seu escritório em Bruxelas invadido pela polícia belga, em 2004, por ordem do órgão anti-fraude subordinado à comissão. O repórter chegou a ser preso e seus documentos foram apreendidos depois que ele divulgou delitos na agência de estatísticas da Comissão Européia, a Eurostat. A corte, no entanto, alegou que não há “relação causal suficientemente direta” entre a comissão e a prisão do jornalista. Em 2002, Tillack escreveu dois artigos para a revista Stern sobre suposta fraude na Eurostat. A comissão chegou a acusar publicamente “um jornalista” de subornar um de seus funcionários para ter acesso a um memorando interno. O jornalista negou a acusação e afirmou que a comissão espalhou a informação com base em rumores. “É absurdo que a corte permita que uma instituição da Comissão Européia apresente rumores como fatos. Isto prejudica os direitos dos jornalistas e os direitos dos cidadãos europeus”, opinou o advogado de Tillack, Ian Forrester. “Tillack quis, com sua reclamação à corte, assegurar que não avaliemos os documentos apreendidos. Mas ele perdeu o caso”, disse o porta-voz da Comissão, Jorg Wojahn. O jornalista também levou o caso à Corte Européia de Direitos Humanos. Informações da BBC News [4/10/06].
Venda de diário russo leva à saída de editor
O editor-chefe do diário de negócios russo Kommersant, Vladislav Borodulin, deixou o cargo um mês após o anúncio da venda do jornal para Alisher Usmanov, magnata do setor de aço ligado à empresa estatal de gás Gazprom. O diário era conhecido por seu tom crítico ao governo. “A decisão [de Borodulin] de sair não foi forçada, mas evidentemente ele e Usmanov possuem idéias diferentes de como a empresa deve ser guiada”, afirmou o diretor comercial da Kommersant Publishing House, Pavel Filinkov. Informações da AP [29/9/06].