Depois do seqüestro do fotógrafo peruano Jaime Razuri em Gaza, no início da semana, a Associação de Imprensa Estrangeira de Israel divulgou um alerta para correspondentes estrangeiros que trabalham na região. Simon McGregor Wood, presidente da Associação, afirmou que jornalistas estrangeiros devem estar vigilantes e ter cuidado ao escolher suas fontes. ‘Nós aconselhamos todos os nossos jornalistas a trabalhar em Gaza apenas com tradutores que eles conheçam bem e a não viajar sozinhos’, disse.
Recentemente, afirma Wood, a Associação já havia alertado os jornalistas estrangeiros para que adotassem o hábito de não manter uma rotina: variar sempre caminhos tomados, horários, etc. Aparentemente, a maioria dos profissionais de imprensa seqüestrados na região nos últimos meses tinha um padrão de comportamento estabelecido e se tornou alvo fácil. ‘Agora, nós sugerimos que estas pessoas pensem com mais cautela em suas rotinas’.
Ameaça crescente
Esta semana, funcionários de segurança do governo palestino aconselharam jornalistas americanos e europeus a deixarem Gaza, pela crescente ameaça de seqüestros. Representantes da Associação tiveram um encontro com funcionários do Ministério do Interior palestino para debater maneiras de aumentar a proteção dos jornalistas que cobrem a área. Wood diz que fica feliz com a iniciativa conjunta para tentar aumentar a conscientização do quão prejudiciais estes seqüestros de profissionais da imprensa podem ser para as relações públicas palestinas.
A Associação em Israel tem quase 500 membros, que cobrem territórios palestinos e israelenses. Nos últimos três anos, mais de 10 jornalistas foram seqüestrados em Gaza. Wood afirmou que os captores de Razuri, que trabalha para a AFP, ainda não se manifestaram. Colegas do fotógrafo, de 50 anos, disseram que a situação é preocupante porque ele tem problemas cardíacos e está sem seus medicamentos. Razuri foi levado na segunda-feira (1/1) no centro da Cidade de Gaza. Informações do The Media Line [4/1/07].