Emissoras de rádio e TV ainda não sabem se poderão transmitir ao vivo de lugares ao ar livre, fora das arenas e estádios, e de pontos turísticos como a Praça da Paz Celestial, durante as Olimpíadas que acontecem em agosto, em Pequim, noticia Nick Mulvenney [Reuters, 16/6/08].
A China vem, há um bom tempo, prometendo liberdade à mídia para fazer seu trabalho durante os Jogos, em consonância com os requisitos do Comitê Olímpico Internacional (COI). Porém, pouco mais de um mês antes da cerimônia de abertura do evento, a tal liberdade prometida parece cada vez mais distante. As emissoras reclamam que ainda não têm as licenças necessárias aprovadas. ‘Os canais de TV têm de saber disto com meses de antecedência, para fazer orçamento e separar espaço na programação’, afirma Kevin Fleck, da Global Vision, que fornece serviços para patrocinadores das Olimpíadas, detentores e não detentores de direitos de transmissão. ‘Estamos muito preocupados com isso; nos foi dito que temos que pedir a nossos clientes para esperar’.
Investimento pesado
Emissoras investiram grandes quantias para adquirir os direitos dos Jogos. A NBC, por exemplo, pagou US$ 3,5 bilhões pelos direitos exclusivos de transmissão das Olimpíadas nos EUA de 2000 a 2008. Em um encontro em Atenas no começo do mês, o COI alegou que a preocupação excessiva dos organizadores chineses com a segurança dificulta operações logísticas, como a entrada dos equipamentos de transmissão por satélite no país.