Pretendia-se intimidar aqueles que recusaram a balela do ‘complô da mídia’. Orquestrou-se um sistema de linchamentos cibernéticos. E, como sempre, produziu-se uma sórdida exibição de maus instintos.
A pretexto da ‘democratização do debate sobre a mídia’, inventou-se a malhação digital. Imaginava-se que o simples uso das novas tecnologias da informação, meia dúzia de palavras de ordem e nenhum suporte cultural e moral seriam capazes de criar um fato novo em matéria de imprensa.
Só produziram retrocessos. A mídia corrige-se através de mídias alternativas. Foi sempre assim, desde Gutenberg. Movidos pela fúria ou pelo idealismo – ou ambos – grupos de militantes reúnem-se para estabelecer novos paradigmas, novos veículos. E assim se avança.
No grande circo da Internet, os franco-atiradores sabem que são apenas números, dados no contador de acessos de um provedor. Só conseguirão chamar a atenção se a sua letalidade suplantar a do parceiro de fúria. Como os homens-bomba, competem na capacidade de destruir.
Foi o que aconteceu com um ‘leitor’ insano indevidamente acolhido pelos coordenadores do blog do jornalista Mino Carta. Certo da impunidade investiu de forma brutal contra o colunista Diogo Mainardi, ferindo-o na condição de pai e pisoteando a sua dor.
O ‘leitor’ retirado do anonimato graças aos seus piores atributos deve estar feliz com a súbita notoriedade. Mas os que assistem a esta reedição do ‘Terror’ em nome da liberdade de expressão certamente já perceberam onde poderemos chegar.