Friday, 01 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Imparcialidade no Jornalismo: mito ou meta?

(Imagem de freepik)

Você já se perguntou quem observa as histórias que contamos? Sr. Ninguém, um personagem da DC Comics, faz exatamente isso. Ele habita as partes brancas das páginas entre os quadrinhos, observando os acontecimentos e, por vezes, narrando a história. Eventualmente, o Sr. Ninguém aparece nos quadrinhos para apontar algo, elucidar e também interferir… E é aí que mora o perigo.

Pensei muito nesse personagem quando decidi me tornar jornalista. Gosto de observar, analisar e explicar os acontecimentos, mas vejo hoje muitos jornalistas colocando suas posições pessoais e políticas à frente dos fatos.

Uma relação complicada, uma profissão complicada. Lois Lane sempre puxou a “sardinha” para o Superman, mesmo o Planeta Diário tendo mais interesse no caos.

Se mesmo os personagens de desenho têm viés, imagine nós, meros humanos. Há, sim, grandes jornalistas, de direita e de esquerda, que mostram os fatos e se posicionam. O perigo está nos que fingem imparcialidade. Subvertem a profissão.

Notícias são notícias, não análises. E nas análises, acredito na necessidade de posicionamento explícito. Hoje, a informação está disponível em todo lugar e para qualquer pessoa. A comunicação é rápida e, por vezes, efêmera.

Um grande jornalista, que faz seu trabalho, será amado e odiado. Falará a verdade, dará a notícia e pode, sim, dar sua opinião. Se for dissimulado, será obliterado, esquecido, ou, se famoso, motivo de chacota.

Ao interferir nas histórias, o Sr. Ninguém se torna um vilão. Geralmente, com ódio e querendo mudar algo, torna tudo pior. Ser jornalista e 100% imparcial o tempo todo é praticamente impossível, mas podemos ao menos ser sinceros.

História do Jornalismo

O jornalismo tem uma longa história de evolução, desde os primeiros panfletos e gazetas até os modernos meios digitais. A imparcialidade sempre foi um desafio, com jornalistas frequentemente enfrentando pressões políticas e sociais. No entanto, a busca pela verdade e pela transparência sempre foi o norte da profissão.

Desafios atuais

Hoje, enfrentamos o fenômeno das fake news e a influência das redes sociais na disseminação de informações. A velocidade com que as notícias se espalham pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição, exigindo dos jornalistas uma responsabilidade ainda maior na verificação dos fatos e na manutenção da credibilidade.

O futuro do Jornalismo

O futuro do Jornalismo está intrinsecamente ligado à tecnologia. A inteligência artificial e outras inovações tecnológicas têm o potencial de transformar a profissão, oferecendo novas ferramentas para a coleta e análise de dados. No entanto, a essência do jornalismo – a busca pela verdade e a comunicação clara e honesta – deve permanecer inalterada.

No final, a verdade é a nossa maior aliada. Ser sincero com o público é o que diferencia um grande jornalista de um mero narrador de histórias.

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Emanuel Lima é estudante de Jornalismo na Ampli/Anhanguera e tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos pela FAM.