A Federação Nacional dos Jornalistas expressa seu pesar pelo falecimento no Rio de Janeiro, na sexta-feira, 25 de outubro, do Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, jornalista Maurício Azêdo, aos 79 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano e morreu em decorrência de uma parada cardíaca. Deixa um legado histórico de defesa das liberdades democráticas e dos direitos humanos.
Formado em Direito, em 1960, Maurício Azêdo optou pela carreira de jornalista no final dos anos 50. Em sua longa trajetória profissional, exerceu funções como as de repórter, editor, chefe de reportagem e diretor de redação em veículos como o Jornal do Commercio, Diário Carioca, Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Jornal dos Sports, Última Hora, O Dia, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Semanário e as revistas Manchete, Fatos & Fotos, Pais & Filhos, Realidade, Placar, TV Guia e Carícia, além de colaborar entre 1964 e 1985, com veículos alternativos de combate à ditadura militar como a Folha da Semana, periódico criado pelo Partido Comunista Brasileiro-PCB, Opinião, Movimento, Hora do Povo e Voz Operária, órgão do Comitê Central do PCB.
Preso e torturado na década de 1970, Maurício Azêdo dedicou-se ainda mais à militância política e social de combate à ditadura e defesa dos direitos humanos, também inserindo-se no movimento de denúncia da morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1978. E nas décadas de 1980 e 1990 dedicou-se à política, exercendo 3 mandatos de vereador, secretário municipal e Conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.
Maurício Azêdo presidiu a Associação Brasileira de Imprensa desde 2004 até o momento, marcando sua atuação na defesa da liberdade de imprensa.
A FENAJ se solidariza com seus parentes e amigos por esta perda inestimável. O velório acontece no Memorial do Carmo e o sepultamento será às 16h, no Cemitério São Francisco Xavier, na R. Monsenhor Manuel Gomes, 155, Caju, Rio de Janeiro. [Brasília, 26 de outubro de 2013. Diretoria da FENAJ]