Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Um jornalista de rádio, TV e internet

A estratégia que Heitor Rigo usou para não ser expulso do palanque durante a inauguração de Brasília, em 1960, foi a de emendar uma pergunta para o presidente Juscelino Kubitschek sempre que tentavam tirá-lo de lá. Ele invadira o local e ficou até a hora que lhe disseram “Chega”. Jornalista, adorava contar seus causos. Lembrava que, ainda na inauguração da capital, houve uma queda de energia, e a única emissora que possuía gerador era a sua. Por causa do incidente, a cobertura que fez do evento acabou sendo retransmitida até por rádios de Portugal.

Nascido em Santa Rita do Passa Quatro (SP), viveu na cidade – onde foi locutor da rádio transmitida por um alto-falante na praça – até os 18 anos. Veio a São Paulo com o sonho de seguir como radialista e logo entrou para a Bandeirantes. Ao iniciar a carreira, adotou o nome de Heitor Augusto, em homenagem ao pai (Augusto Rigo), um operador de telégrafos dos Correios.

Começou o curso de Direito em São Carlos (SP), mas não terminou a faculdade. Fez rádio e TV e passou por empresas como Tupi, Excelsior e Globo. Foi um dos pioneiros na defesa dos direitos do consumidor com o programa Telex do Consumidor (Tupi). Na Record, ficou por 13 anos como comentarista do Record em Notícias. Ultimamente, apresentou o programa Sem Barreiras, voltado para a terceira idade, na AllTV (TV pela internet). Era aficionado por internet e gostava de mexer no Facebook, como conta a família. Cardíaco, morreu na quarta (9), aos 80, após uma parada cardíaca. Teve cinco filhos, cinco netos e bisneto.