Foi sepultado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o jornalista e escritor Dorian Jorge Freire, que morreu no dia 24 de agosto, aos 71 anos, de falência múltipla dos órgãos.
Toda a imprensa do Rio Grande do Norte noticiou a morte de Dorian com destaque, alguns jornais até abriram manchete. Mas, ao resto do país, e especialmente a São Paulo, onde ele viveu e trabalhou por 21 anos, deixando muitos amigos e colegas, as informações não chegaram.
Dorian Jorge Freire nasceu em Mossoró em 1934, e começou no jornalismo de calças curtas – em 18 de julho de 1948, no jornal O Mossoroense. A partir de então, nunca mais parou. De 1954 a 1961 foi repórter e colunista político da Última Hora, depois fundou e dirigiu, até o golpe de 64, o semanário Brasil, Urgente; trabalhou com Caio Prado Júnior na Revista Brasiliense, fundou e dirigiu, até ser fechada pelos militares, a Editora Sinal; foi repórter e redator das revistas Escola e Realidade, diretor do Diário de Natal, diretor da Tribuna do Norte, diretor de O Mossoroense.
Ultimamente, mesmo doente, por conta de três AVCs e dois enfartes, escrevia uma coluna no jornal (de Mossoró) Gazeta do Oeste. Professor de Direito, escritor de dois livros, membro da Academia Norte-Riograndense de Letras, Dorian Jorge Freire era neto e filho de jornalistas, pai e avô também de jornalistas.