Na data de um ano da morte de Alberto Dines, 22 de maio, este post provocou mais de 200 comentários, alguns que reproduzo agora. Pelos jornalistas, pelo Jornalismo.
Archibaldo Figueira “Estaria transtornado com este país de cabeça para baixo. Deve estar acompanhando este descalabro lá de cima com o Boechat”.
Ana Maria Santeiro Guarani Kaiowá “Faz falta!”
Angela Regina Cunha “Sábio e competente ”.
Lilian Newlands “Um gigante”.
Beatriz Bomfim “Mestre de gerações!!!!”
Rose Esquenazi “Para mim, Dines representa a dignidade em pessoa, o profissional que amava a profissão acima de tudo. Espero que as novas gerações aprendam a amá-lo ”.
Laerte Gomes “Mestre dos Mestres. Conheci, comecei a trabalhar e aprender com Alberto Dines em 1961, no Diário da Noite, tabloide. Foi uma revolução no jeito de fazer jornal. A edição ia para as bancas entre 13h e 14h. Ficava no meio dos matutinos e vespertinos. Comandava uma equipe fantástica. Muito feliz por isso. SALVE, Mestre Dines!”
Flavio Marinho “A lucidez dele tá fazendo falta nestes tempos sombrios… ”
Emília Ferraz “Ele nos ensinou a ver além dos fatos. Esse legado é definitivo e permanente. Viva a memória de Alberto Dines!”
Matias Marcier “Faz muita falta! Uma pessoa importante ”.
Marilda Varejão “Grande Dines, mestre dos mestres do jornalismo e da cidadania nossa de cada dia!!”
Agata Messina “Quanta falta ele faz!”
Rosa Cass “Dines é sempre uma lembrança viva”.
Carlos Brickmann “Faz um ano. E faz muita falta”.
Elisabeth Do Ceu Marques “Inesquecível. Gratidão por poder ter convivido com um profissional de tanta maestria, e um amigo e vizinho sem igual. Saudades de trabalhar e aprender tantas coisas com ele”.
Isabel Lustosa “Que saudades!!”
Kristina Michahelles “AD sempre junto com a gente”.
Pedro A. L. Costa “Entrevistei ele para o Caderno 2 do Estadão. Que homem!”
Claudio Giordano “Saudade grande ”.
Renata Falzoni “Sentimos todos falta ”.
Joice Joppert Leal “Querido amigo!”
Carlos Marchi “Grande mestre! Para ser sempre lembrado”.
Emilia Silveira “Que o Dines viva no tanto que deixou para as gerações futuras. Um querido amigo”.
Symona Gropper “Como o Dines faz falta!”
Maria Helena Malta “Atualíssimo!”
Wilson Cunha “De seu jeito firme e amável, Dines segue fundamental para quantos de nós passamos pelo JB da Av. Rio Branco!!!!”
Henrique Rzezinski “Muita saudade!!!!!!”
Marina Rocha “Uma grande perda para o jornalismo brasileiro. Saudades dos seus comentário de análise da imprensa no seu programa na TVE, intitulado Laboratório da Imprensa, mais tarde Observatório da Imprensa. Certa vez, em Lisboa, liguei pra ele para oferecer matéria para revista sobre empresário do ramo do alumínio que acabara de ser morto por seu segurança e ele me respondeu que era repórter e a matéria inclusive já estava na capa da publicação”.
Noenio Spinola “Aprendi um bocado com ele. Principalmente a colocar o espírito construtivo na frente do espírito destrutivo na política”.
Maria José Birraque “Dines, uma ausência muito sentida nos dias de hoje”.
Rosa Freire d’Aguiar “Se um professor me marcou e dele me lembro até hoje, foi Alberto Dines. Com ele aprendi, nos anos de jornalismo da PUC, técnica de redação, construção de notícias, estilo jornalístico, jornalismo investigativo, ultimamente trocamos emails sobre traduções, sobre Montaigne, Gobineau, Zweig – cuja biografia ele escreveu, Morte no paraíso, um exemplo nesse gênero de que há tão poucos bons praticantes entre nós. Dines era um craque. Seduzia pelo espírito claro, pela inteligência, pelo charme pessoal. Foi um imenso jornalista. Desses que hoje anda difícil encontrar”.
Antonio Urano “Era um dos grandes que eu admirava e lia!”
Cleber Haubrichs “Eu era fã das ‘aulas’ que ele dava no programa de TV Observatório da Imprensa (e eu nem sou jornalista, sou apenas um professor de matemática e historiador)”.
Mônica Cotta “Meu querido professor e grande chefe, depois, no JB”.
Liana Carleial “Grande perda; a orfandade só aumenta!”
Renata Conceição Bernardes “Foi meu professor na PUC também… ”
Edilson Martins “Bela biografia”.
Gisélia Potengy “Adorava o Observatório da Imprensa! Grande perda”.
Ana Helena Gomes “Ele me ajudou muito. Sem nunca ter me visto na vida, me ofereceu “carona” no malote de correspondência que era enviado todas as 2ªs feiras de NY para o Rio. Graças à generosidade dele pude ser free lancer em 1976, enviando matérias para o Jornal da Música, Última Hora e jornal O Globo”.
Leonardo Aguiar “Gigante Dines! Jornalismo em prol da verdade”.
Ubalda Estrela de Oliveira “Um grande jornalista!”
Helena Bocayuva “Só morre gente legal????”
Deolinda França de Vilhena “Jornalistas dessa estirpe não se fazem mais, perderam a forma e a fórmula”.
Ana Maria Ramalho “Fiz post exatamente lembrando dele como nosso brilhante professor na PUC”.
Clovis Brigagão “Enorme perda, admirável Alberto Dines, jornalista, escritor, humanista e com bom humor”.
Maria Helena Arrochellas “Um vazio muito grande! Um dos seus trabalhos, a restauração e a abertura para o público da casa de Stefan Zweig em Petrópolis… Fui leitora assídua do ótimo Observatório da Imprensa. Superinteligente e compromissado com a verdade”.
Ana Maria Magalhães “O meu abraço”.
Luiz Antônio Souza Bibliotecario “O simples fato de Alberto Dines dedicar-se à divulgação da obra de Stefan Zweig dá bem a dimensão do ser humano que era. Estamos a cada dia mais pobres de brasileiros e homens públicos, na expressão da palavra, merecedores de nossa admiração e respeito. Pobre Brasil, tristes trópicos”.
Dalce Maria “Na galeria dos “nossos” especiais, Dines está num trono-destaque entre os inquestionáveis!! Ídolo & Mestre. Como jornalista e pessoa. Celebremos sua vida, prova & prática do que é possível ao jornalismo quando íntegro, competente e coerente em sua missão genuína. Palmas de pé a ele!!!”
Jose Ricardo Pereira “Grande figura humana, talento imensurável”.
Olga Crispim Bardawil “O Dines se foi quando a gente mais precisava dele”.
Heloisa Marcondes “Tivemos o privilégio de sermos alunas dele e quando fiz estágio no JB foi ele que me entrevistou e botou pra trabalhar”.
Sergio Rubem Corrêa Corrêa “O homem sofre porque pensa, mas vale a pena pensar”.
Elielson P Barbosa “Não sou jornalista mas sempre tive muito apreço por Dines, aumentado pelo seu Observatório da Imprensa e sua fala ao fim: ‘Você jamais vai ler um jornal do mesmo jeito’. Estou lendo Vínculos do Fogo”.
Cláudia Sousa Leitão “Grande…”
Ana Filgueiras “Partilho!!!!”
Albino Castro “Alberto Dines, presente!!!”
Clarice Zahar “Difícil (sem ele), mas é importante seguirmos firmes, pelo nosso bem e o dele”.
Guina Ramos “Sempre um exemplo!”
Lilia Souza “Sempre brilhante”.
Rafael Casé “A FALTA QUE ELE NOS FAZ. Tempos doidos, esses que vivemos. Nunca precisamos tanto avaliar, refletir, analisar tudo o que se passa ao nosso redor. O cenário é novo, complexo, para não dizer caótico. Pensar, mais do que nunca, é preciso.
Tive o prazer de trabalhar com um cara que era craque no pensar. Durante décadas, Alberto Dines teve como ofício refletir sobre o Brasil, sobre o mundo, e nos trazer, através de seus textos, uma visão ponderada, crítica, independente; mercadoria que anda escassa na quitanda jornalística.
O velho Dines (já o conheci depois dos 70) tinha fôlego de juvenil e a classe do toque de bola dos veteranos. Não fugia de divididas e, por isso mesmo, colecionou vários desafetos: pernas-de-pau da política ou mesmo da imprensa que reclamavam de suas duras entradas, dignas de um beque de roça. Mas, como sempre joguei no time dele, mesmo antes de ter a honra de fazer muitas tabelinhas com ele, nunca deixei de admirá-lo por toda essa disposição.
O jornalismo era a paixão de Dines. Não vou dizer que era sua cachaça, até porque o mestre sempre preferiu um bom vinho. Discutir a profissão era sua obsessão. Exigia de jornais e jornalistas a consciência da responsabilidade social da função. E, por isso mesmo, durante sua carreira, cada vez mais se aprofundou na análise do tal Quarto Poder.
Em 1974, escreveu O Papel do Jornal – Tendências da Comunicação e do Jornalismo no Mundo em Crise. E, ao que vemos pelo título, de uma forma ou de outra, o mundo sempre esteve em crise. Nesse livro, Dines usou de toda sua experiência nas redações para falar, principalmente, aos novos profissionais.
– “Já anotamos que o jornalismo, por ser uma atividade essencialmente intelectual, pressupõe no seu exercício uma série de valores morais e éticos. Sabe-se que o processo de informar é um processo formador, portanto o jornalista, em última análise, é um educador.”
– “Jornalista conformado não é jornalista.”
– “O único elemento capaz de sanear a imprensa é um revigoramento geral do senso de responsabilidade.”
– “Jornalismo é uma atitude otimista, aberta. Aquele que prejulga ou que se ressente previamente com a informação nunca vai encontrar boa informação. Não se briga com a notícia.”
Depois veio o Observatório da Imprensa, projeto que estreou em ambiente digital quando a web ainda tateava por essas bandas. Uma proposta inovadora de análise da mídia em todos seus mutáveis aspectos. Na contramão da época, em 1998, seguiu para a TV. Tive o prazer de entrar para a equipe em 2004 e acompanhar o programa até que saísse do ar. Não daria conta de dimensionar, aqui, a importância desse período na minha vida profissional. Tantas aventuras e desventuras, tantos grandes nomes entrevistados, tantos importantes temas abordados… Só posso dizer que foi um privilégio. Ainda hoje, na minha cabeça, ecoa a frase: “E lembre-se, acompanhando o Observatório da Imprensa pela TV ou pela Internet, você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito”.
Imagino Alberto Dines em meio ao panorama midiático atual: o impasse vivido pelos meios de comunicação tradicionais, as novas possibilidades jornalísticas, o boom das redes sociais, as fake news, presidentes que governam através de tuítes… O quanto ele poderia nos ajudar a desvendar os caminhos que nos surgem à frente, quantos Observatórios polêmicos e enriquecedores teríamos para assistir. E, não sei não, mas acho que se o “Seu Alberto” ainda estivesse por aqui, muitos jornalistas (leia-se: colunistas, principalmente) pensariam duas vezes antes de escrever algumas linhas mais tortas. A “pena” de Alberto Dines não os pouparia.
Hoje faz um ano que Alberto Dines se foi. Que falta suas palavras nos fazem…”
Ana Figueiras “Emocionante testemunhar as marcas que Alberto Dines deixou em tantas, tantas pessoas nas quais me incluo como amiga. Como é bom lembrar aquele bonito sorriso dele e a paixão com que falava de Zweig, de Padre António Vieira, entre tantos outros… Coragem. Dignidade. Seriedade. Profissionalismo. Paixão pelo que fazia, pelo que lutava e pelo(s) que defendia. Tudo isso o caracterizava. Era um ser muito especial, daqueles que rareiam.”
Ana Helena “Tenho imenso orgulho de tê-lo entrevistado duas vezes. Faz muita falta.”
Nilo Sergio “Dines só deixou saudades. Foi meu editor no velho JB.”
Leila Sarmento “Um dia ele me disse, durante uma matéria para o Observatório na TV: ‘Leilinha, se você parar de falar tanto, vai poder escutar o silêncio. Ele é fundamental’. Aprendi a escutar o silêncio. Dines é que era fundamental.”