Todos os serviços do Google, incluindo sua ferramenta de busca, de email e de mapas, ficaram inacessíveis na China na sexta e no sábado passados (9 e 10/11), às vésperas do 18º Congresso do Partido Comunista, que indicará a cúpula governante do país.
Repórteres não têm acesso ao congresso e, nos dias anteriores ao evento, o governo impôs restrições desde a proibição de balões, que poderiam carregar mensagens de protesto, à substituição de livros em livrarias. A velocidade da internet também foi reduzida.
O bloqueio às ferramentas do Google parece ser o episódio mais recente de um padrão sofisticado de censura à web pelo governo chinês. Duas semanas antes desse bloqueio, o alvo tinha sido o New York Times, devido a um artigo sobre a riqueza da família do primeiro-ministro.
O Google tem uma relação particularmente hostil com a China. Em 2010, a empresa disse ter sido vítima de ataques de hackers. Em resposta, retirou seu serviço de buscas em chinês do país e começou a redirecionar o tráfego para sua versão de Hong Kong. O YouTube está bloqueado na China desde 2009. O Gmail já foi bloqueado parcialmente diversas vezes, desde o começo da Primavera Árabe. Informações de Claire Cain Miller [The New York Times, 10/11/12].