Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Ferramenta de alerta sobre censura na China é desativada

O Google reconheceu, relutantemente, a derrota no seu último esforço para combater a censura online na China, deixando de exibir uma mensagem em sua página de buscas que alertava internautas chineses sobre termos cujos resultados poderão ser bloqueados. Da mesma maneira como a ferramenta foi lançada sem alarde, seu encerramento foi feito de maneira discreta.

O gigante de buscas e o governo estão em um jogo de gato e rato desde maio de 2012, quando a mudança havia sido anunciada como uma maneira de melhorar a experiência do usuário chinês. Em dezembro, o Google finalmente resolveu deixar de divulgar as mensagens, pois internautas estavam sendo desconectados da web por autoridades chinesas. Uma fonte na China disse que o Google decidiu que seria contraproducente continuar com a disputa técnica.

Na época do lançamento da ferramenta, em maio de 2012, o Google explicou que usuários receberiam o alerta quando buscassem por temas considerados sensíveis para a política de Pequim e palavras que podem, muitas vezes, parecer insignificantes. Os caracteres em chinês para rio – jiang –, por exemplo, causam uma mensagem de erro, por causa de Jiang Zemin, ex-presidente chinês cujo nome – assim como o de muitos líderes – é banido dos resultados de busca no país.

Briga tensa

Depois de 24 horas do lançamento, ela foi desabilitada por autoridades chinesas. Dias depois, o Google modificou o modo como a notificação aparecia – o que foi novamente bloqueado. Em novembro, os serviços em inglês e chinês foram bloqueados por 24 horas.

A relação é tensa no país desde 2006, quando a ferramenta de busca foi lançada na China. A última disputa inclui bloqueios a “redes virtuais privadas”, que ajudam as pessoas a acessarem a web de maneira anônima.

O Partido Comunista no poder, liderado por Xi Jinping, anunciou em dezembro passadi iniciativas para forçar internautas a se identificarem a provedores, aumentando preocupações obre liberdade de expressão no país. Informações de Josh Halliday [The Guardian, 4/1/13].

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