O Twitter prepara-se para tornar-se uma empresa aberta em 2014 e já poderia estar valendo US$ 11 bilhões (cerca de R$ 22,5 bilhões), segundo relatório da empresa Greencrest, especializada em pesquisa financeira. Esse valor aproximado baseia-se no comércio em mercados secundários, onde as ações mudam de mãos de maneira privada, não oficialmente. Mas uma rodada de avaliações em 2011 avaliou o Twitter em US$ 8 bilhões (R$ 16,3 bilhões), e depois o valor aumentou para US$ 10 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) nos mercados secundários, antes da caótica abertura de capital do Facebook, que voltou a puxar para baixo sua cotação para US$ 9 bilhões (cerca de R$ 18,4 bilhões).
O analista Max Wolff, da Greencrest, disse que o valor do Twitter também passou por um “inchaço” decorrente das especulações de que a Apple estaria interessada em adquirir a empresa. “Usar o mercado secundário para as ações determinarem o valor da empresa é um processo muito difícil e opaco”, disse ele. “O Twitter vem subindo desde que o Facebook abriu o capital e agora é avaliado em cerca de US$ 11 bilhões. Isso faz sentido na medida em que tanto o crescimento no número de usuários quanto os esforços de monetarização estão, ambos, rendendo frutos e apontando para um bom 2013 para o Twitter.”
Em apoio aos comentários feitos no final de 2012 pelo presidente Jack Dorsey – de que o Twitter iria abrir seu capital “quando acharmos que a empresa está preparada para isso” –, a empresa de pesquisa avalia que o Twitter começará a se preparar para o lançamento este ano e, segundo a revista Forbes, já começou a consolidar sua estrutura administrativa. Mike Gupta, responsável pelo setor de finanças, foi contratado no mês passado, vindo do Zynga, depois que Ali Rowghani foi deslocado para a chefia do setor de operações e Mike Davidson, fundador da Newsvine, entrou como vice-presidente do setor de design, em outubro de 2012.
Havia-se especulado muito sobre a possibilidade de o Twitter abrir seu capital em 2013, mas não teria sido incentivado a uma atitude precipitada devido aos desempenhos decepcionantes do Facebook e do Zynga. Ambos tentaram convencer os investidores de que, no caso do Facebook, os negócios estão prontos para dar lucro à medida que os consumidores façam a transição para os aplicativos móveis; e, no caso do Zynga, de que são capazes de produzir um número suficiente de games de sucesso. As ações do Facebook caíram 26% desde a abertura do capital e o valor do Zynga caiu 75%. Informações de Jemima Kiss [The Guardian, 3/1/13].