Friday, 15 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Reino Unido e Equador discutirão situação de Julian Assange

Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido e do Equador irão discutir o futuro do ciberativista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks. William Hague e Ricardo Patiño devem se encontrar no fim de junho, quando o ministro equatoriano viaja ao Reino Unido – no primeiro aniversário da dramática chegada de Assange à embaixada equatoriana em Londres. Patiño convidou Hague a conversar para que se chegue a um acordo sobre a situação do ciberativista. “Esperamos que a visita contribua para nosso comprometimento mútuo para encontrar uma solução diplomática para este assunto”, informou o Ministério britânico.

Segundo a Reuters, Patiño disse que seu governo estava preparando um documento no qual argumentaria que o Reino Unido está legalmente obrigado a dar a Assange permissão para viajar para a América do Sul. Assange, que é australiano, está na pequena embaixada desde 19 de junho do ano passado, sob asilo político para não ser extraditado para a Suécia, onde foi intimado a depor devido a acusações de abusos sexuais abertas por duas mulheres. Assange teme viajar para a Suécia para responder a interrogatório e ser extraditado para os EUA, onde poderia ser obrigado a depor sobre a divulgação de informações confidenciais no WikiLeaks.

Manning

Teve início, na semana passada, o julgamento militar do soldado americano Bradley Manning, acusado de passar informações confidenciais diplomáticas e militares ao WikiLeaks. Ele declarou-se culpado de 10 acusações, mas não admitiu as mais sérias delas – de violação do Ato de Espionagem e ajuda ao inimigo. Manning diz que procurou o Washington Post e o New York Times antes de entregar o material ao WikiLeaks, que então ajudou a disseminá-lo. Assange nunca soube a identidade de sua fonte.