Editores europeus contestaram as propostas de acordo antitruste do Google, pedindo para a Comissão Europeia rejeitar o esboço do plano para abordar as queixas sobre a forma como a empresa apresenta seus resultados de busca.
Uma coalizão informal de centenas de jornais e revistas avisou, no dia 25 de junho, que as soluções propostas pelo Google – entre elas a diferenciação de links nas buscas e a possibilidade de os editores bloquearem o acesso aos seus sites nos resultados – não chegam a acabar com as “práticas abusivas” da empresa. Os editores se juntam a uma coleção de empresas de tecnologia e grupos de consumidores que também levantaram objeções à Comissão Europeia. Agora, o órgão irá decidir se aceitará ou não a oferta do Google, potencialmente terminando a controversa investigação de três anos sobre as práticas de apresentação de resultados de busca.
Sem efeito
“As soluções propostas pelo Google não resolvem os problemas e os danos causados pela conduta da empresa no mercado de busca, e nenhuma delas tenta restaurar uma competição efetiva”, afirmou Luis Enríquez, presidente da associação espanhola de jornais diários, que faz parte da coalizão. “Em vez disso”, completou ele, “as propostas trazem restrições menores que iriam, na melhor das hipóteses, afetar modestamente o comportamento [da empresa], mas, na prática, não teriam efeito algum na estrutura do mercado”.
Editoras há muito reclamam da forma como o Google, que controla 90% do mercado europeu de buscas, utiliza seus conteúdos sem pagamento. No entanto, elas relutam em sair totalmente do sistema de busca que se transformou no portal de acesso à internet. Em vez disso, querem mais opções sobre o que o Google pode fazer com seus conteúdos.
Em resposta aos protestos, Amit Singhal, engenheiro do Google, afirmou que comprimir as regulações propostas pode atrofiar os avanços do sistema de busca e dificultar inovações.
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