A Time Inc, uma das maiores editoras dos EUA, finalizou recentemente sua separação do grupo de mídia Time Warner. A divisão de um conglomerado tão poderoso em um momento em que boa parte dos veículos impressos encontra sérias dificuldades no mercado está levantando dúvidas sobre o futuro da companhia de revistas, que publica títulos como People, Sports Illustrated e Time.
Agora, sem outros negócios – como canais de TV, por exemplo – que possam ajudar financeiramente a lidar com a queda na receita publicitária, a Time Inc. precisará se apoiar apenas nas receitas provenientes de seus títulos. Um artigo da Agence France Presse resume o pessimismo sobre os desafios que a Time Inc. deverá enfrentar: a separação não afeta apenas a empresa em si; é também um sinal negativo para a indústria de revistas como um todo. Já um texto da Bloomberg encontra razões para otimismo: sozinha, a Time Inc. poderá reinvestir diretamente seus lucros, em vez de ter de enviá-los à Time Warner.
Mudanças drásticas já estão sendo planejadas pelos executivos do grupo para enfrentar a nova fase. Há rumores de que uma demissão em massa estaria nos planos – no ano passado, a Time Inc. demitiu 500 pessoas, cerca de 6% de seus funcionários. O grupo também está investindo recursos para atrair novas receitas, uma programação de vídeos online está sendo desenvolvida e os sites das revistas estão sendo modificados para se adaptar melhor ao mercado de smartphones e tablets.