O Financial Times tem passado por mudanças drásticas para adequar sua produção de conteúdo do meio impresso ao meio digital. Desde o início de 2013, o jornal realizou diversas mudanças no ambiente de trabalho, na forma como sua redação funciona e em sua tradicional edição impressa. Hoje, o FT tem mais de 600 mil assinantes, combinando assinaturas digitais e impressas, e, desde junho de 2013, a receita de assinaturas ultrapassou a receita proveniente dos anúncios publicitários.
À medida que o número de assinantes digitais cresce (hoje são cerca de 415 mil), a edição impressa do jornal vai sofrendo mudanças para se adequar aos novos tempos. Cada vez mais, o FT em papel vai sendo utilizado para contextualizar as notícias, em vez de reproduzir as mesmas notícias que já foram publicadas no site no dia anterior. O FT também diminuiu consideravelmente o tamanho da equipe que produz a edição impressa, assim como o tamanho da edição.
Dados dos leitores moldam caminhos
O fato de o jornal ter acesso aos dados dos usuários registrados no site e aos seus hábitos tem possibilitado que novos produtos sejam criados e lançados. O FT já lançou uma seção online de notícias 24 horas e um serviço chamado FT Newslines, de cunho educacional.
Outras mudanças são relativas à produção de conteúdo para as novas mídias. O sucesso do aplicativo do FT para aparelhos móveis fez com que a produção de conteúdo passasse a ser pensada na perspectiva de como esse conteúdo vai funcionar e ser visualizado em um smartphone ou tablet.