Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Gallup mostrou que a confiança dos norte-americanos em alguns nichos da mídia está cada vez menor. A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias 5 e 8 de junho; foram entrevistados 1.027 norte-americanos com idade a partir de 18 anos, em todos os 50 estados dos EUA e no Distrito de Columbia. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais.
Os cidadão escolhidos aleatoriamente foram questionados sobre sua confiança em 17 grupos: instituições militares, pequenas empresas, polícia, organizações religiosas/igreja, sistema de saúde, médicos, Surprema Corte, Presidência, escolas públicas, bancos, sistema judiciário, jornais, sindicatos, grandes empresas, notícias na internet, noticiário televisivo e Congresso.
O índice de confiança nos noticiários televisivos e nas notícias recebidas via internet se mostrou um dos mais baixos do ranking. A instituição que mereceu o menor índice de confiança dentre todas foi o Congresso.
O desafio maior
A porcentagem de americanos que confiam “muito ou bastante” em jornais ou noticiários de TV caiu de 23% em 2013 para 22% e 18%, respectivamente, em 2014. O percentual de confiança em notícias veiculadas na internet foi de 19% (em comparação a 21% desde a última pesquisa na qual esta pergunta foi feita, em 1999).
Para se ter uma ideia do impacto, em 1979 a confiança nos jornais impressos era de 51%. Já a confiança nos noticiários da TV em 1993 – quando o Gallup apresentou esta pergunta pela primeira vez – foi de 46%.
É certo que a imprensa mudou dramaticamente desde que o Gallup começou a medir a confiança do público em veículos de comunicação. A circulação de jornais tem encolhido cada vez mais; a veiculação de notícias pela internet – meio consideravelmente novo – hoje é o principal modo de consumo de informação. O Centro Annenberg, da Universidade do Sul da Califórnia, estima, por exemplo, que dentro de cinco anos os jornais impressos deixarão de existir.
A pesquisa do Gallup sugere, no entanto, que o desafio maior não parece ser apenas manter a audiência ou sobrevivência de um veículo, mas também sua credibilidade perante o público.