O Huffington Post anunciou que não irá mais utilizar o serviço de reportagens da Associated Press após o fim do contrato com a agência, em 2015. O site planeja repor os serviços da AP com o seu próprio serviço de notícias internacionais que será abastecido com conteúdo das edições do HuffPost ao redor do mundo.
“Ao final do contrato em 2015, nossa relação com a AP irá acabar e nós iremos construir o nosso próprio serviço de notícias”, declarou Arianna Huffington, cofundadora e editora-chefe do Huffington Post. O site, criado em 2005 nos EUA como um portal de blogs e agregador de notícias, hoje conta com 13 versões pelo mundo. Além da americana, há edições no Brasil, Reino Unido, Espanha, Itália, Alemanha, França, Japão, Índia, Coréia do Sul, Canadá, na região do Magreb e na Grécia – país de origem de Arianna.
Expansão
De acordo com Ryan Grim, chefe da sucursal do HuffPost em Washington, o site deverá contratar dezenas de repórteres em 2015 para aumentar a quantidade de material produzido. O site também pretende remodelar sua página principal para coincidir com o aniversário, em maio, de 10 anos de sua fundação. Há, ainda, planos para lançar novas edições internacionais, além das já anunciadas versões para a Austrália e o público árabe.
Os anúncios de mudanças ocorrem após Tim Armstrong, executivo-chefe da AOL, empresa que comprou o HuffPost em 2011 por 315 milhões de dólares, afirma em uma entrevista para o site Business Insider que a criação das novas edições do HuffPost ao redor do mundo em 2014 impediram que o site terminasse o ano com lucro. Com o fim do contrato com a AP, o HuffPost deverá economizar milhões de dólares. Porém, continuará a utilizar os serviços de foto e vídeo da agência de notícias.
Nós últimos anos, duas grandes organizações de mídia pararam de utilizar os serviços da AP. Em 2010, a CNN passou a utilizar o seu próprio serviço de notícias internacionais. O grupo Tribune, excluindo o Los Angeles Times, deixou de utilizar as matérias da agência em 2012, quando adotou um serviço de notícias domésticas oferecido pela Reuters.
Segundo a AP, é comum que organizações de notícias avisem que interromperão o serviço e, posteriormente, voltem a usá-lo. A agência divulgou um comunicado afirmando que “espera ter conversas com o Huffington Post no decorrer do próximo ano”.