O ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo em Paris, em 7/1, tem trazido dor de cabeça para a Fox News. O canal de notícias americano foi obrigado a se desculpar mais de uma vez, nas últimas semanas, por gafes de analistas convidados.
Foram exibidos quatro pedidos de desculpas depois que o “analista em terrorismo” Steven Emerson afirmou que muitas cidades europeias têm “zonas proibidas”, onde pessoas que não são muçulmanas não ousam chegar perto. Emerson citou a cidade inglesa de Birmingham como “totalmente muçulmana”, comentário pelo qual foi duramente criticado.
Já o jornalista e ex-piloto da Força Aérea dos EUA Nolan Peterson disse que certas áreas de Paris o lembravam do Iraque e do Afeganistão. Posteriormente, a âncora Anna Kooiman pediu desculpas pela exibição de um mapa com zonas supostamente perigosas da capital francesa, afirmando que o mapa era incorreto. Os comentários de Peterson foram ridicularizados na TV francesa:
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Referindo-se à França e ao Reino Unido, a âncora Julie Banderas afirmou: “Não existe uma designação formal destas zonas e não há informações confiáveis para apoiar a afirmação de que existem áreas específicas nestes países que excluem indivíduos com base em suas religiões”.
A âncora Jeanine Pirro também emitiu uma correção por conta da polêmica alegação de Emerson sobre Birmingham. O analista recebeu diversas gozações no Twitter por dizer que a cidade não era frequentada por pessoas de outras religiões. Até o premiê britânico, David Cameron, manifestou-se, chamando-o de “um completo idiota”.
Diante da reação negativa, Emerson divulgou uma série de pedidos de desculpas por seu “terrível erro” e doou 500 libras (quase dois mil reais) para o hospital infantil de Birmingham.