O jornalista Colin McNickle escreveu sobre o incidente com Teresa Heinz Kerry em uma coluna no Pittsburgh Tribune-Review no domingo, 1/8. Durante a Convenção Democrata, a mulher do candidato John Kerry mandou McNickle ‘enfiar’ uma pergunta que ele havia feito a ela. Em seu texto, o repórter reclama da repercussão do caso, afirmando que a imprensa liberal fez o seu melhor para demonizá-lo e fazer o mesmo com o jornal em que trabalha. Segundo a Editor & Publisher [2/8/04], o Tribune foi realmente acusado ao longo da semana da Convenção em Boston de ‘puxar o saco’ da direita. De acordo com McNickle, isso ‘foi vomitado repetidamente pela elite da mídia liberal’. Ele ainda disse que Teresa ‘contestou sua integridade pessoal e profissional em público’ e que recebeu mensagens de ódio e ameaças de morte depois do incidente. Sobre o ‘enfia’, McNickle afirmou que já ouviu coisa pior de gente mais importante.
Cuidado com os democratas
‘Repórteres, tomem cuidado com o Partido Democrata’, diz a matéria da U.S. News & World Report [9/8/04]. Durante a Convenção Nacional do Partido, há duas semanas, os secretários de imprensa da campanha de John Kerry foram ‘treinados’ para aprender a lidar com jornalistas. David Brock, do grupo liberal Media Matters, formado para fiscalizar a atuação da imprensa – principalmente a conservadora –, diz que os jornalistas precisam ser desafiados. ‘Quando tratamos com a mídia’, sugere o estrategista democrata James Carville, ‘intimidação funciona’. A tática consiste em amedrontar o repórter, caso a matéria seja considerada ruim ou tendenciosa, para fazer com que ele mude o tom de sua cobertura. Um guia de comportamento para os democratas sugere uma reação mais suave. ‘Se o erro for pequeno’, diz o guia, ‘não faça dele um grande problema e não exija uma correção. O repórter é apenas humano e provavelmente se sentirá mal por ter errado, se desculpará e talvez sinta que deve algo a você’.