Cinco dias depois da polícia de Los Angeles ter aberto investigação criminal sobre as atividades dos paparazzi na cidade, a US Weekly, uma das maiores revistas americanas de fofocas de celebridades, decidiu apertar o cerco contra os fotógrafos que desrespeitam a lei para flagrar reações inesperadas dos famosos.
A revista, com tiragem de 1.5 milhão de exemplares, anunciou que não vai mais publicar fotos que tenham sido obtidas por meios arriscados. Uma das recentes táticas utilizadas por fotógrafos para conseguir flagrantes consiste em perseguir os carros das celebridades, chegando até a provocar colisões, colocando em risco pedestres e outros motoristas. A editora da US Weekly, Janice Min, afirmou que os incidentes ocorridos nas últimas semanas tornaram-se assunto de segurança e a revista deve chamar a atenção para isso.
Mercado promissor: vendas e publicidade em alta
A discussão sobre a atividade dos paparazzi parece não afetar o mercado americano de revistas de celebridades, cada vez mais promissor. De acordo com dados da Publishers Information Bureau, o número de páginas de anúncios publicitários cresceu 25% no ano passado na US Weekly, 17% na Star Magazine e 22% na Touch Weekly´s.
As vendas também estão em alta. A tiragem das revistas Star, People, Us Weekly e In Touch subiu 11,6% de 2003 até o fim de 2004, com a Star e a In Touch apresentando crescimento de 80%. No mesmo período, o número de assinaturas da Star cresceu 50% e o da In Touch dobrou.
O público feminino continua sendo o principal alvo dos anunciantes, mas as propagandas de carros, produtos farmacêuticos e eletrônicos vêm ocupando cada vez mais as páginas das revistas. Diante de números tão favoráveis, a revista britânica OK! anunciou que lançará em breve sua versão americana. Com informações de Louise Story [13/6/05], Allison Hope Weiner e David M. Halbfinger [14/6/05], do New York Times.