A internet se tornou uma das principais ferramentas de comunicação e organização dos protestos contra o governo egípcio que tiveram início na semana passada. Inspirados no movimento que derrubou o presidente da Tunísia, manifestantes do Egito usaram as redes sociais para concentrar esforços contra o regime do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. As manifestações em cidades como Cairo, Alexandria e Suez, que já deixaram 12 jornalistas presos, continuam a ser realizadas. Na sexta-feira [28/1], as autoridades decretaram toque de recolher para tentar conter os manifestantes. No fim de semana, os quatro principais provedores de internet do Egito cortaram o acesso internacional a seus clientes em uma iniciativa quase simultânea e sem precedentes.
‘Virtualmente, todos os endereços de internet do Egito estão agora inacessíveis, em todo o mundo’, disse James Cowie, da Renesys, empresa que monitora a internet em tempo real. ‘Em uma ação inédita na história da internet, o governo egípcio parece ter ordenado que provedores de serviço fechassem todas as conexões internacionais’, ressaltou. ‘Link Egypt, Vodafone/Raya, Telecom Egypt, Etisalat Misr e todos os clientes e parceiros estão, no momento, fora do ar’. Informações da AFP [28/1/11].