Acionistas dissidentes, liderados pelo empresário Carl Icahn, planejam dividir a Time Warner em quatro companhias diferentes como parte de uma reestruturação radical realizada pelo conglomerado de mídia para valorizar suas ações, como noticia Aline van Duyn [Financial Times, 02/12/05].
O plano final, que irá formar a base de uma disputa acirrada pelo controle do conselho do grupo, ainda está sendo desenvolvido pelo banco de investimento Lazard, contratado na semana passada por Icahn para analisar ‘alternativas estratégicas’. Icahn e Bruce Wasserstein, chefe do Lazard, pretendem substituir a administração do grupo e já estão entrando em contato com executivos de mídia para se juntarem a uma lista de candidatos de oito rivais ao cargo de diretor do conselho administrativo do grupo. ‘O tipo de pessoas que estamos procurando são aquelas que acreditam que a Time Warner funcionará melhor como entidades separadas’, informou uma pessoa envolvida nas negociações.
A divisão sugerida pelo grupo de Icahn levaria a Time Warner a quatro empresas: Time Warner Cable, responsável pelas operações de TV a cabo; o portal AOL, responsável pelos negócios na internet; Time Inc., responsável pelas publicações; e uma empresa que agruparia a produção de conteúdos dos estúdios Warner Brothers e dos canais a cabo, como HBO e CNN.
Icahn, cujo grupo investidor detém menos de 3% da Time Warner e está propondo uma das lutas mais ambiciosas pelo controle da corporação, já pressionou Dick Parsons, presidente e executivo-chefe do conglomerado, para realizar o desmembramento de 100% das operações do grupo. Parsons, que tem grande prestígio no mercado, vem defendendo a estrutura tradicional da Time Warner, resultado de numerosas fusões. Icahn precisa do apoio de cerca de 50% dos investidores para levar seu plano adiante.