Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Agora menos francês e mais europeu

Le Monde, o diário francês de referência, está se tornando aos poucos um jornal europeu. Pelo menos no que se refere à composição do capital da empresa. Além do Grupo Lagardère e do Grupo La Stampa, o grupo espanhol Prisa (dono do título El País) também entrou este ano no capital da empresa que edita o Monde, com 17,69%.

Prisa comprou ações do Le Monde por intermédio da sociedade Investissements Presse Régionale. O presidente do grupo Prisa, que desenbolsou 24.350.000 euros, participa desde então do conselho de administração do Monde. Além dos outros acionistas, a sociedade dos leitores do Le Monde controla 10,46% do capital do jornal.

Quem imagina que a operação de recapitalização pode ameaçar a integridade do jornal pode ficar tranqüilo. O diretor de redação Gérard Courtois explica que os novos investidores pertencem ao mundo da imprensa e vão permitir que o Le Monde faça novos projetos e novas parcerias.

Ele tranqüilizou os jornalistas do Monde assegurando que a Société des Rédacteur du Monde (SRM) é intocável. Graças ao reforço dos redatores de outros títulos que fazem parte do grupo (Télérama, La Vie, Midi Libre, entre outros), o conjunto de acionistas assalariados pesa 46% do capital do grupo. A SRM deverá continuar a exercer poderes específicos para decidir sobre os destinos do grupo Le Monde.

Os fiéis do Le Monde, que o lêem nos quatro cantos do mundo, terão um jornal renovado a partir do dia 7 de novembro, quando o diário de maior prestígio da França estréia uma reforma gráfica e inaugura nova fase.

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Jornalista