A rede de TV al-Jazira, do Catar, foi por muito tempo mal vista nos EUA. Críticos diziam se tratar de um braço midiático de grupos terroristas. A emissora lutou para mudar este estigma. Ampliou sua equipe e, em 2006, lançou uma versão internacional, em língua inglesa. Agora, começa a se destacar no mercado americano. A secretária de Estado Hillary Clinton elogiou, na semana passada, a rede. Segundo ela, a al-Jazira tem ganhado proeminência nos EUA porque fornece ‘notícias de verdade’, o que a mídia americana estaria falhando em fazer.
Hillary discursava no Comitê de Relações Exteriores do Senado e afirmou que os EUA estão perdendo a ‘guerra da informação’ no mundo. Outros países e redes globais de comunicação estão ultrapassando as empresas americanas no Oriente Médio, disse ela. Uma das razões seria a qualidade de canais como a al-Jazira. A emissora do Catar estaria ‘mudando a percepção e as atitudes das pessoas’. ‘Goste ou odeie, funciona’, afirmou Hillary. ‘A audiência da al-Jazira nos EUA está crescendo porque ela trata de notícias reais. Você pode não concordar com elas, mas sente que está recebendo notícias de verdade em vez de um milhão de comerciais e discussões e todo o tipo de coisa que fazemos em nossos canais e que, você sabe, não é particularmente instrutivo para nós, e muito menos para os estrangeiros’.
Durante a crise no Egito, críticos de mídia fizeram comparações entre a al-Jazira e as emissoras de notícias americanas. ‘Eventos vitais e que provocam mudanças no mundo estão acontecendo no Oriente Médio e nenhum dos canais xenófobos ou obcecados por celebridades americanos podem trazer a perspectiva, a compreensão e a apuração in loco que a al-Jazira English pode’, escreveu o crítico Jeff Jarvis em janeiro. Com informações do Huffington Post [3/3/11].