A Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA (Nara, sigla em inglês) anunciou esta semana que fechou um acordo não-exclusivo com a livraria online Amazon e uma de suas subsidiárias, a CustomFlix, para a reprodução e venda de cópias públicas de milhares de filmes históricos em formato de DVD. O Nara é a instituição responsável pela administração de todos os arquivos no âmbito Federal dos EUA. Sua missão é disponibilizar o acesso aos documentos das cidades americanas e das ações públicas do governo.
Susan Cooper, porta-voz do Nara, afirmou que a idéia é ampliar o acesso aos arquivos. ‘Quanto mais acessível o arquivo estiver, melhor para todos’, concorda Nina Gilden Seavey, diretora do Centro de Documentários da Universidade George Washington.
Cenas históricas
Stacey Hurwitz, porta-voz da CustomFlix, disse que os primeiros seis DVDs já estão disponíveis na Amazon desde o dia 16/7. Há material dos anos 50 e 60, como cenas de uma conversa entre o então vice-presidente Richard Nixon e o primeiro-ministro soviético Nikita Kruschev, em uma cozinha americana em exposição em Moscou, em 1959. A conversa ficou conhecida como Kitchen Debate. Há também imagens de Fidel Castro, jovem, depois da revolução comunista em Cuba, conversando com repórteres sobre o programa espacial soviético.
Cada DVD custará US$ 19,90 e será feito sob encomenda. Outros que estarão disponíveis em breve: a cobertura da morte do presidente Franklin D. Roosevelt, o fim da Segunda Guerra Mundial e o debate televisionado entre Nixon e John F. Kennedy. O Nara possui mais de 200 mil documentários, noticiários e filmes educacionais que ajudam a contar a História americana.
Experiência negativa
Recentemente, a Smithsonian Institution, complexo de museus e centros de pesquisa nos EUA, fez um acordo semi-exclusivo com a emissora de TV a cabo Showtime, pelo qual o canal teria prioridade na exibição de produções feitas com material da instituição. A parceria não agradou ao Congresso, que financia a Smithsonian, e a cineastas, que questionaram se ela não seria injusta. Informações de Michael E. Ruane [Washington Post, 31/7/07].