O Comitê de Proteção a Jornalistas chama a atenção para o aumento do número de ameaças de morte feitas a jornalistas e escritores em Bangladesh. Desde o dia 10/7, pelos menos 24 jornalistas foram ameaçados no país, todos aparentemente por grupos islâmicos que os acusam de agir contra o Islã. Segundo o jornal Daily Star, a maior parte das ameaças é feita por cartas que chamam os jornalistas de ‘inimigos do Islã’ e dizem que eles devem ficar preparados para morrer em um mês.
Entre os ameaçados de morte nos últimos dias estão o jornalista Shariat Kabir e o professor Muntasir Mamun, conhecidos por escreverem contra o fundamentalismo islâmico. No caso dos dois, as ameaças foram feitas publicamente em Dakha pelo grupo Mujahideen al-Islam, que também citou outras oito pessoas, as quais chamou de ‘pecadoras’. Já na cidade de Syhlet, 15 jornalistas – entre repórteres, correspondentes e editores – receberam cartas ameaçadoras anônimas em apenas um dia. O mesmo aconteceu com cinco jornalistas no distrito de Barguna. Informações do Committee to Protect Journalists [13/7/04].