Quatro grupos sem fins lucrativos dedicados ao jornalismo investigativo terão seu trabalho distribuído pela AP, em uma iniciativa que irá expandir a audiência da agência de notícias e ajudar as entidades a enfrentar um momento de diminuição de custos, noticia Richard Pérez-Pena [New York Times, 13/6/09]. Assim, a partir do dia 1/7, a AP irá distribuir material do Center for Public Integrity, Investigative Reporting Workshop, Center for Investigative Reporting e ProPublica para seus 1,5 mil jornais-membros nos EUA, que estarão livres para republicar o conteúdo em seus diários.
A princípio, será uma experiência de seis meses que pode posteriormente ser ampliada para incluir outras organizações e clientes não-membros, como sítios e emissoras. ‘É algo que vínhamos falando por um tempo, pois parte de nossa missão é permitir que nossos membros compartilhem material entre si’, afirmou Sue Cross, vice-presidente da AP. Segundo ela, o desenvolvimento de um sistema com base na internet, em 2006, para que membros recebam material da AP facilitou este tipo de compartilhamento.
Muitos jornais, diante da redução de equipe, tiveram que cortar ou até mesmo acabar com a seção investigativa. É muito mais complicado em tempos de crise ter um repórter envolvido em um projeto que possa levar semanas ou até meses para ser investigado. Ao mesmo tempo, grupos independentes que fazem jornalismo investigativo cresceram em número e tamanho, financiados por fundações ou doadores individuais, e estão oferecendo seu trabalho para jornais, revistas, TV, rádio e sítios. O ProPublica, por exemplo, foi criado em 2007, e o Investigative Reporting Workshop, em 2008. O Center for Investigative Reporting já existe há mais de três décadas e está dobrando de tamanho. Os quatro – juntos – empregam mais de 50 jornalistas profissionais.