Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

AP divulga relatório sobre cobertura da guerra

Depois de editores de jornais americanos que fazem a sua cobertura sobre a guerra no Iraque baseada nas informações da AP terem reclamado que não estão recebendo dos repórteres da agência de notícias uma visão geral da situação no país, a AP divulgou um press release para esclarecer como funciona a cobertura da guerra do Iraque.

Segundo o relatório, a agência tem uma vasta equipe de repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e produtores de TV de várias nacionalidades, como americanos, europeus, iraquianos, libaneses e egípcios, em Bagdá e em outras regiões do país. Mesmo com os problemas com segurança e o grande número de seqüestros de jornalistas estrangeiros, os jornalistas circulam na zona verde de Bagdá, onde está a maior parte das instituições políticas. Alguns repórteres e fotógrafos viajam com militares americanos pelo país para presenciar os esforços da reconstrução, as ações dos militares e dos policiais iraquianos. Além disso, há um repórter e um fotógrafo designados para cobrir exclusivamente as ações dos militares americanos.

A agência ainda afirmou que são priorizadas matérias sobre os últimos acontecimentos no Iraque, com a produção de um artigo diário que resume estes fatos, tanto em termos de violência como de eventos políticos e reconstrução. A violência no país afeta cada aspecto e não pode ser ignorada, afirma a AP. No entanto, há matérias sobre comportamento – uma recentemente foi sobre o índice de casamentos e como eles são conduzidos apesar da violência – e sobre o dia-a-dia dos soldados americanos. As fontes usadas são as mais diversas: militares americanos, governo iraquiano, hospitais, e cidadãos iraquianos. A AP tenta não pegar informações com rebeldes ou simpatizantes.

Em resposta à reclamação de que há muito enfoque na violência, a agência alegou que seu foco é no desenvolvimento político do Iraque e seus esforços na reconstrução do país – seja na renovação das escolas ou na tentativa de conseguir portos comerciais e voltar a fazer a indústria do petróleo funcionar. No entanto, a violência é central para o futuro do país e não pode simplesmente ser ignorada.