O WikiLeaks foi obrigado a parar de usar os servidores da Amazon nos EUA poucos dias depois da divulgação de documentos embaraçosos para o governo americano no fim de semana. O site ficou fora do ar no país por horas, até ser transferido para o servidor sueco Bahnhof AB, que o hospedava anteriormente.
No domingo [28/11], cinco jornais em diferentes países – New York Times nos EUA, Guardian no Reino Unido, Le Monde na França, Der Spiegel na Alemanha e El País na Espanha – divulgaram dados contidos em documentos de centenas de embaixadas e consulados americanos em todo o mundo. O vazamento provocou saias justas e irritou o governo dos EUA. A secretária de Estado Hillary Clinton o descreveu como um ataque ao país e ao mundo, afirmando que o WikiLeaks pôs em risco a vida de muitas pessoas em países repressores que falaram com diplomatas americanos. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou se tratar de um ato criminal, ressaltando que o presidente Barack Obama não ficou nada feliz com a divulgação dos dados.
Logo antes da publicação dos documentos, o site do WikiLeaks sofreu um ciberataque e saiu do ar. Por esta razão, trocou o servidor sueco pela Amazon Web Services – a livraria virtual possui um grande banco de computadores que podem ser alugados para este propósito.
A mudança, entretanto, deixou o site sob pressão política. A Amazon foi questionada por membros do congresso americano sobre sua ligação com o WikiLeaks e acabou por cortar o serviço. ‘A decisão da companhia de cortar o WikiLeaks é a decisão certa e deveria servir de exemplo para outras empresas que o site está usando para distribuir seu material obtido ilegalmente’, declarou o senador independente Joe Lieberman. Informações da AP [1/12/10] e do Guardian [29/11/10].