Uma página que estimulava os internautas a postar imagens do profeta Maomé no Facebook levou ao bloqueio da rede de relacionamentos no dia 19/5 pelo o governo paquistanês e, posteriormente, pelo de Bangladesh.
A Autoridade de Telecomunicações do Paquistão argumentou que a proibição se deu porque a ‘campanha’ online poderia prejudicar a economia do país. Além do Facebook, no entanto, foram suspensos o acesso ao site de vídeos YouTube, por conteúdo ‘infame’, e a outros 450 sites, como páginas da Wikipedia, BBC News, Twitter e o dicionário Webster. Alguns servidores proxy e serviços do Blackberry também foram bloqueados.
A situação gerou temores de que o precedente seja usado por outros governos para censurar críticas. ‘O governo fornecia uma relativa liberdade de expressão. Agora, isto está em perigo’, diz o colunista paquistanês Fasi Zaka. No próprio Facebook há uma página que satiriza o presidente Asif Zardari, com 133 mil fãs.
A ordem do bloqueio, no entanto, foi suspensa na segunda-feira [31/5], depois que o site pediu desculpas pelas ofensas, retirou todo o conteúdo considerado impróprio e garantiu que situações semelhantes não voltariam a acontecer. Informações da Economist [27/5/10], de Babar Dogar [AP, 31/5/10] e de Nick Farell [Tech Eye, 31/5/10].