Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Arábia Saudita fecha canal por programa sobre sexo

Autoridades da Arábia Saudita fecharam a sucursal do canal de TV libanês LBC na cidade de Jeddah depois da exibição de uma entrevista com um homem saudita falando abertamente sobre suas experiências sexuais e mostrando brinquedos eróticos. Abdul-Rahman al-Hazza, porta-voz do Ministério da Cultura e Informação, afirmou à agência Associated Press [9/8/09] que os escritórios do canal ficarão fechados por tempo indeterminado. O saudita que contou detalhes de sua vida sexual, Mazen Abdul-Jawad, havia se escondido desde a exibição da entrevista e chegou a pedir desculpas a seu país. O programa foi exibido em julho e causou revolta em muitos sauditas, chocados pela ousadia – cerca de 200 pessoas prestaram queixa contra Abdul-Jawad. A Arábia Saudita segue rigidamente as normas do Islã. Existe no país um regime de segregação de sexos. Homens e mulheres – sem parentesco – vistos juntos publicamente podem ser presos. Na entrevista, Abdul-Jawad conta sobre sua primeira experiência sexual, aos 14 anos, e mostra seu quarto, ‘onde tudo acontece’, diz ele. O entrevistado acabou preso no fim da semana passada. Seu advogado diz que a entrevista foi manipulada e que ele não sabia que estava sendo gravado.

 

Presidente do Irã anuncia combate à mídia ocidental

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou na semana passada que o país deve combater a mídia ocidental, que tem apresentado membros da oposição como ‘heróis’. Segundo a agência de notícias islâmica oficial, o presidente declarou que ‘os poderes opressivos estão tentando alcançar seus objetivos bombardeando as pessoas com notícias’. ‘Ao publicar mentiras, eles mostram os mais corruptos indivíduos como heróis, e os melhores como isolados e desonestos’, completou. Autoridades iranianas acusam governos ocidentais de incentivar distúrbios sociais no país desde as controversas eleições presidenciais de junho, que deram a vitória a Ahmadinejad. Líderes da oposição alegam que houve fraude no resultado do pleito, o que gerou violentos protestos no Irã, com pelo menos 30 mortes, segundo números oficiais. Correspondentes estrangeiros foram impedidos de cobrir as manifestações e ameaçados por policiais; alguns chegaram a ser expulsos do país. Informações de Ladane Nasseri [Bloomberg, 9/8/09].