Aníbal Antonio dos Santos Junior um dos assassinos do jornalista Carlos Cardoso, foi deportado de volta a Moçambique, onde enfrentará novo julgamento. Conhecido como Anibalzinho, ele havia fugido da prisão de segurança máxima em Maputo, capital de Moçambique, e ido para o Canadá, onde pediu asilo como refugiado em maio de 2004. O Comitê de Proteção aos Jornalistas [24/1/05] solicitou a imediata detenção de Anibalzinho, já que ela havia fugido da mesma prisão em setembro de 2002.
Em dezembro de 2004, a Suprema Corte de Moçambique determinou um novo julgamento a Anibalzinho, ainda sem data marcada. De acordo com a Corte, um acusado considerado culpado e sentenciado por mais de dois anos – incluindo um fugitivo – pode ser submetido a novo julgamento. Os outros cinco acusados pelo mesmo crime foram condenados.
Cardoso era jornalista investigativo e estava cobrindo o escândalo de corrupção no Banco Comercial de Moçambique, em 1996, quando foi assassinado. Muitos dos acusados de envolvimento em sua morte declararam em julgamento que Nyimpine Chissano, filho do presidente Joaquim Chissano, teria ordenado a execução do jornalista. Em janeiro de 2003, foi aberta uma investigação separada sobre o envolvimento de Nyimpine no assassinato, mas nenhum desenvolvimento do caso foi anunciado publicamente. Nyimpine nega as acusações.