O YouTube, um dos sítios mais populares entre os internautas, aumenta agora sua popularidade entre as grandes empresas de comunicação, noticia Mark Sweney [The Guardian, 2/3/07]. Esta semana, a BBC confirmou um acordo para tornar sua programação disponível em canais criados no sítio de compartilhamento de vídeos especificamente para a rede britânica – dois de entretenimento e um de notícias.
Na rede, os canais BBC News e BBC Worldwide terão quantidade limitada de anúncios. Os internautas que acessarem os 30 clipes de notícias diárias do canal BBC News de território britânico, no entanto, não verão publicidade. Para David Moody, diretor de estratégia da BBC Worldwide, a aliança não prejudica o processo do BBC Trust, conselho que representa os contribuintes que financiam a rede pública, que adiou a decisão sobre se permitiria ou não publicidade em seu sítio internacional. ‘Este acordo não é nada diferente do que a BBC World vem oferecendo por anos. Nós temos acordos para fornecer clipes em sítios como o Yahoo!, por exemplo’, diz Moody.
Os canais da BBC no YouTube permitirão que os usuários enviem comentários – inclusive em vídeo –, classifiquem os melhores clipes e os recomendem a amigos. ‘Nossa estratégia digital é tornar o nosso conteúdo o mais amplamente disponível e o YouTube atrai milhões de pessoas’, explica o diretor. ‘Esta é uma chance de mostrar a nossa programação, receber feedback e encorajar as pessoas a acessarem outros serviços como o BBC América ou o iPlayer, de vídeo na rede’.
Pedra no sapato
Ainda que haja rumores de que gravadoras de música estariam negociando com o YouTube para disponibilizar vídeos online, em mais uma parceria com grandes empresas de mídia, o sítio, de propriedade do Google, é conhecido por causar dor de cabeça a companhias de comunicação.
Recentemente, a Viacom pediu a retirada de 100 mil clipes da página, alegando preocupação com a grande quantidade de material protegido por direitos autorais compartilhada pelos usuários. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela premiação do Oscar, também solicitou ao YouTube que retire do ar todos os clipes da cerimônia. A própria BBC, no passado, já exigiu que fosse removido do sítio o conteúdo da emissora.