O ex-magnata de mídia Conrad Black, indiciado por fraude em novembro, recebeu mais quatro acusações na quinta-feira (15/12). Se condenado por todas elas, o empresário pode enfrentar pena de 95 anos de prisão. As novas acusações são por extorsão, obstrução à justiça, lavagem de dinheiro e fraude.
A acusação por extorsão, segundo a qual Black teria se envolvido em um empreendimento criminoso com seus sócios, pode levar a uma sentença de 20 anos de prisão. A de lavagem de dinheiro tem pena máxima de 10 anos, e a por fraude, cinco anos. A acusação por obstrução alega que Black violou uma ordem judicial em 2004 ao retirar documentos dos escritórios das companhias Hollinger Inc. e Ravelston Corp. em Toronto, e também pode levar a 20 anos de prisão.
No mês passado, ele e outros três executivos da Hollinger declararam inocência em múltiplas acusações de fraude e foram liberados após pagamento de fiança. Os quatro foram indiciados depois que o ex-publisher da Hollinger International, David Radler, declarou-se culpado por acusações menores em setembro e concordou em testemunhar contra os outros envolvidos no esquema de fraude.
As novas acusações estão relacionadas às alegações anteriores de que Black e outros funcionários da Hollinger embolsaram ilegalmente US$ 84 milhões da companhia. O empresário é acusado também de abusar de bens da Hollinger para fins pessoais ao usar dinheiro corporativo para comprar apartamentos em Nova York e dar uma festa de aniversário para sua mulher, e usar o avião da companhia para viajar de férias para o Taiti. Informações de Andrew Stern [Reuters / The Guardian, 16/12/05].