Internautas chineses encontraram mais dificuldades em surfar na rede nos últimos dias. A fiscalização online, já rotineira, aumentou por conta do aniversário de 60 anos do regime comunista, comemorado nesta quinta-feira [1/10]. Este tipo de ‘endurecimento’ das regras sobre as atividades na internet é comum antes de eventos considerados sensíveis pelas autoridades do país.
Um dia antes da comemoração, em que é planejada uma grande parada militar, redes sociais como Facebook e Twitter e sites como o das organizações Repórteres Sem Fronteiras e Anistia Internacional saíram do ar em território chinês. Alguns internautas que têm serviço de proxi gratuito, que lhes permite acesso a sites normalmente bloqueados por censores do governo, tiveram a conexão interrompida. ‘As autoridades implementaram a tecnologia para bloquear estas [conexões]’, afirma o analista Michael Anti, que vive na China.
Segundo o Clube dos Correspondentes Estrangeiros da China, profissionais de imprensa que trabalham para organizações de mídia estrangeiras receberam vírus por e-mails. Nicholas Bequelin, pesquisador da Human Rights Wacth que vive em Hong Kong, afirmou que não estava claro quem estava por trás dos ciberataques a jornalistas, mas que havia poucos suspeitos: o governo chinês e grupos nacionalistas. Informações da AFP [30/9/09].