Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Britânicos detidos em
eleição no Zimbábue

Dois jornalistas britânicos foram detidos na quinta-feira (31/3) no Zimbábue sob a acusação de cobrir as eleições parlamentares do país sem autorização do governo. O correspondente Toby John Harnden e o fotógrafo Julian Paul Simmonds, ambos do Sunday Telegraph, foram presos quando acompanhavam um candidato da oposição a um local de votação ao sul de Harare. Pelas leis de mídia do Zimbábue, adotadas pelo governo do presidente Robert Mugabe há três anos, todos os jornalistas – locais ou estrangeiros – precisam de uma credencial concedida por uma comissão governamental. Os jornalistas britânicos, que, segundo a polícia, entraram no país como turistas, poderão ter que pagar multa e correm o risco de ficarem presos por até dois anos. Segundo fontes do governo, mais de 200 jornalistas receberam autorização para cobrir as eleições. Informações da BBC [1/4/05].



Africanos presos por história de assombração

Após uma semana em Bruxelas, onde tratou de convencer a União Européia de suas estratégias para modernizar o Malawi, o presidente do empobrecido país africano, Bingu wa Mutharika, surpreendeu-se ao descobrir que a imprensa local publicara reportagens afirmando que ele saíra de seu palácio presidencial de 300 cômodos porque ali havia visto fantasmas. Segundo reporta o New York Times [29/03/05], houve jornais que chegaram a citar o conselheiro espiritual de Mutharika afirmando que o presidente teria chamado líderes religiosos para exorcizar o edifício. Ele nega as histórias de assombração e mandou prender dois jornalistas, que agora podem ser processados e condenados a dois anos de cadeia. Com isso, Mutharika mostra que não acredita em fantasmas, mas também não bota muita fé em liberdade de imprensa.